Quem não queremos
As eleições presidenciais estão à porta a população madeirense sairá à rua para exercer o seu maior poder democrático, o poder do voto. O Presidente da República, é o maior representante da República Portuguesa, garante a independência nacional, a unidade do Estado e o regular funcionamento das instituições democráticas nacionais e é, por inerência, Comandante Supremo das Forças Armadas. É de facto, uma eleição importante para todos nós. Portanto a pergunta impõe-se, quem NÃO queremos que represente o País e as suas instituições democráticas? Bom, vamos um a um. João Ferreira do Partido Comunista, faz parte do maior partido antidemocrata do País com assento parlamentar depois do 25 de abril, antieuropeísta e antiglobalização convicto, contra a propriedade privada, e a favor de um regime que condenou à morte e à prisão, milhares de opositores políticos. Marisa Matias do Bloco de Esquerda, também defensora do antieuropeísmo, anti globalismo e contra a propriedade privada, demonstra bem os valores antidemocráticos da sua candidatura, aliás, a candidata diz mesmo que não daria posse a um governo com o apoio do Chega, não sabemos bem como conseguiria esta proeza, mas a verdade é que Marisa Matias diz taxativamente que não respeitaria a vontade da maioria dos portugueses, caso o Chega fosse parte dessa solução, seria a Presidente de apenas alguns portugueses. Ana Gomes do Partido Socialista (mas sem o seu apoio), debate-se inúmeras vezes pela ilegalização do Chega, ou seja, para a candidata, não se combate as ideias pelo debate político, pelo diálogo e pelo confronto de opiniões, combate-se sim, pela ilegalização de um partido, calando à força da lei, uma percentagem da população portuguesa (algo só visto em ditaduras). André Ventura do Chega, é taxativo e contundente quando afirma que será apenas Presidente de alguns e não de todos nós, são vários os exemplos a esse respeito. Mais, o Chega faz parte do grupo político Europeu, também ele antieuropeísta, antiglobalização e anti emigração. De facto, o Chega de André Ventura e o PCP de João Ferreira, são talvez as duas candidaturas mais antidemocráticas que existem e sem qualquer medo de as assumir como tal. Não é por acaso que os “extremos tocam-se”. Claro que se fizermos a pergunta a cada um destes candidatos, se são ou não democratas, todos dirão assertivamente, que são democratas convictos, mas cuidado, as palavras que falam e não agem de acordo com o que dizem, são cheques sem fundo. Restam-nos os únicos democratas, Tino de Rans, Marcelo Rebelo de Sousa e Tiago Mayan, a escolha é sua.
Ricardo Abreu