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Pessoal de terra pede "bom senso" no plano de reestruturação da TAP

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O Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (Sitava) pediu hoje "bom senso de todas a partes", na suspensão do acordo de empresa, no âmbito do processo de reestruturação da TAP.

De acordo com um comunicado, depois de uma reunião com a companhia aérea, o sindicato indicou que "em relação aos trabalhadores de terra" tem "a profunda convicção que já muito deram durante todos os meses de 'lay-off', e seria de uma enorme injustiça vir agora a empresa impor mais sacrifícios".

Na mesma nota, o Sitava considerou que, "quanto às anunciadas intenções de suspender parte do acordo de empresa [AE], remetendo a regulamentação para o Código do Trabalho" tem que "haver bom senso de todas as partes".

A estrutura sindical alertou que a "AE do pessoal de terra é já ele próprio um acordo minimalista, barato e que atribui à hierarquia todas as prorrogativas de gestão dos recursos humanos".

"Como por variadíssimas vezes temos afirmado, não ignoramos os gravíssimos problemas que a TAP atravessa, e por isso temos mantido permanentemente uma postura dialogante e de procura de soluções, mas de uma outra coisa temos também a certeza", disse o Sitava, especificando que "os trabalhadores e as suas famílias não têm qualquer responsabilidade nesta situação e em nada contribuíram para ela. As soluções têm, portanto, que ser procuradas noutras paragens", garantiu.

O Sitava considerou ainda que "a proposta da TAP para estes trabalhadores é desajustada da realidade" que, "tal como está, é completamente inegociável", de acordo com a mesma nota.

O plano de reestruturação da TAP, entregue em Bruxelas em dezembro, prevê a suspensão dos acordos de empresa, medida sem a qual, segundo o ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, não seria possível fazer a reestruturação da TAP.

O plano contempla o despedimento de 500 pilotos, 750 tripulantes de cabine, 450 trabalhadores da manutenção e engenharia e 250 das restantes áreas.

O plano prevê, ainda, a redução de 25% da massa salarial do grupo (30% no caso dos órgãos sociais) e do número de aviões que compõem a frota da companhia, de 108 para 88 aviões comerciais.

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