Aperto de medidas com menor impacto no Funchal
Dário Silva dá conta de que no Funchal os bares já estão vazios e as autoridades têm estado atentas
O endurecimento das medidas por parte do Governo Regional em relação aos bares e similares, que deverá ser anunciado em breve, vai afectar sobretudo os espaços de fora do Funchal, na opinião de Dário Silva. “No Funchal os bares estão praticamente vazios”, relatou o empresário.
O homem que dá a cara pelo Café do Teatro e outros espaços na Zona Velha da Cidade e na Rua das Fontes dá conta de negócios desertos por estes dias. “Pelo menos os nossos e o que eu tenho visto não têm movimento nenhum”. Acredita que as situações de incumprimento das medidas em vigor registam-se mais fora do Funchal e aos fins-de-semana. “Nos nossos não há clientes”, responde, quando questionado se nos seus espaços há abusos. “Infelizmente nós estamos a fechar praticamente na hora que abríamos”.
Apesar de ser empresário e de lidar com as dificuldades de negócios praticamente parados, consegue colocar-se nos dois lados. Os casos estão a aumentar, constata, mas a culpa no seu entender não é só dos bares. “A gente vai aos supermercados, aos shoppings, isto está tudo cheio. Não podem julgar.” E diz que as pessoas têm de ter consciência.
No seu caso, conta que tanto nos espaços da Zona Velha como nos da Rua das Fontes a presença policial foi constante, estiveram lá quase todos os dias. “Fomos mesmo apertados, penso que mais apertados do que aquilo que a gente foi, é impossível”. Não sabe como é que foi nas outras zonas, se houve esse cuidado por parte das autoridades.
No seu caso, confessa que houve dias em que conseguiram fazer cumprir as regras, em outras foi o descontrole. Nesses dias, a polícia fechou-lhe os estabelecimentos. “Não se conseguia mesmo. No dia 23, como é que se conseguia controlar? A Polícia fechou, e pronto”.
Ser empresário nesta altura não é fácil, admite. “Nós não temos clientes, é uma tristeza. Nós termos muitos clientes, também ficamos preocupados porque sabemos que não está direito e depois a Polícia chega lá ou a ARAE (Autoridade Regional das Actividades Económicas) e fecha o bar”.
Nesta fase, há muita incerteza e só reza para que tudo passe rapidamente. “Assim não é possível viver”, desabafou.