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Pelo menos cinco mortos em ataque a casamento no Iémen

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Foto Reuters

Cinco mulheres morreram na sexta-feira em Al Hudeida, no Iémen, quando um projétil atingiu um recinto onde se celebrava um casamento, causando ainda sete feridos, entre estes crianças, informaram hoje as autoridades.

O anterior balanço apontava para três mortes.

O Governo do Iémen reconhecido pela comunidade internacional e os rebeldes huthi disputam há anos aquela estratégica cidade portuária do Mar Vermelho e responsabilizam-se mutuamente por este tipo de ataques que vitimam civis.

Fontes militares huthi citadas pela estação de televisão Al Masira, controlada por esta milícia xiita, acusaram as forças leais ao Governo da autoria do bombardeamento, enquanto o ministro da Informação disse na rede social Twitter que se tratou de "um massacre cometido pela milícia terrorista huthi, apoiada pelo Irão".

Este ataque aconteceu dois dias depois de terem sido lançados quatro mísseis contra o aeroporto de Aden, capital provisória do Governo do Iémen, provocando pelo menos 25 mortos e mais de uma centena de feridos.

A guerra no Iémen começou no fim de 2014, quando os rebeldes huthi conquistaram vastas zonas no oeste e norte do país, incluindo a capital, Sana.

Em dezembro de 2018, o Governo e os rebeldes assinaram um acordo em Estocolmo que previa um cessar fogo em Al Hudeida e que o grupo xiita ficaria dentro dos limites da cidade, enquanto as forças governamentais controlariam os subúrbios a sul e a leste.

A partir daí, parou a ofensiva militar sobre Al Hudeida conduzida pela coligação que apoia o Governo, composta por vários países árabes sob o comando da Arábia Saudita, mas a violência na cidade continuou.

As Nações Unidas consideram a guerra no Iémen como a pior catástrofe humanitária do planeta. Mais de 24 milhões de pessoas, que representam 80% da população do país, precisam de ajuda humanitária.

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