Madeira

São lágrimas!

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Boa noite!

O lado mais puro do futebol dispensa muitas palavras, o jogo sujo ou a fanfarronice. Entusiasma-se com o essencial, independentemente das cores em confronto, satisfaz-se com a imprevisibilidade e vibra com a técnica, com essa vertigem pela simplicidade, pela forma mais eficaz de resolver um problema, como referiu no comentário ao clássico o experimentado treinador Vítor Pereira.

Quem não gosta da irreverência com mérito, da apetência pelo risco quando não há outro caminho para cumprir a missão e do reconhecimento público?

Os momentos de glória até podem ser efémeros, mas para Jovane Cabral, a noite de hoje terá tanto de inesquecível, como de conselheira. Talvez por isso o cabo-verdiano de 22 anos, que operou a reviravolta leonina com dois golos em pouco minutos, não se conteve no final do Sporting-FC Porto. Admite-se que tenha sentido ser o centro do mundo, o elo entre as partes, o homem do jogo. Mas nas lágrimas também vimos a resiliência de quem não se dá por vencido e a perseverança que garante conquistas.

Tal como demonstrou Jovane, é possível superar lesões prolongadas, descrenças ocasionais e fatalidades engendradas, sem perder o foco. Por vezes basta estar bem rodeado. Em grupos de trabalho com um espírito vencedor, seja no mundo da bola como noutras dimensões da nossa existência, saber agarrar oportunidades é apenas o primeiro passo para o êxito colectivo.

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