Trump convida norte-americanos a rezarem pelo sucesso de Biden
O presidente cessante dos Estados Unidos da América, Donald Trump, convidou hoje os norte-americanos a "rezarem" pelo sucesso da administração de Joe Biden, que será empossado, na quarta-feira, 46.º presidente daquele país, no discurso de fim de mandato.
"Esta semana, inauguramos um novo governo e rezamos pelo seu sucesso em manter a América segura e próspera", disse num discurso gravado em vídeo.
O republicano desejou felicidades ao novo governo, embora sem mencionar o nome do presidente eleito.
Donald Trump destacou também que deixa a Casa Branca como "o único presidente que não iniciou novas guerras em décadas".
"Estou especialmente orgulhoso de ser o primeiro presidente em décadas que não começou novas guerras", enfatizou o presidente cessante.
Trump vai quebrar a tradição e não vai estar presente na cerimónia de tomada de posse de Joe Biden, deixando Washington na quarta-feira.
De acordo com a agência de notícias espanhola EFE, Donald Trump viajará para a sua mansão particular em Palm Beach, no estado da Florida.
No discurso, o presidente cessante ressalvou ainda as conquistas durante os seus quatro anos de mandato.
"Revitalizámos nossas alianças", salientou, acrescentando que instou "as nações do mundo a enfrentar a China como nunca antes" e realizou "acordos de paz históricos no Oriente Médio".
Donald Trump relembrou também o assalto ao Capitólio, em 06 de janeiro, considerando que é "um ataque que não pode ser tolerado", pedindo aos norte-americanos que "unem os valores de partilha".
Depois da invasão do Capitólio, por apoiantes de Trump, milhares de efetivos da Guarda Nacional, o exército de reserva norte-americano, foram mobilizados para ajudar nas operações de segurança da investidura.
Serão cerca de 25.000 que estarão quarta-feira na capital para proteger a "zona vermelha", diante da colina do Capitólio, onde terão lugar as cerimónias.
A imensa esplanada do 'National Mall', onde centenas de milhares de norte-americanos se deslocam habitualmente de quatro em quatro anos para assistir à cerimónia de tomada de posse, está encerrada e fechada a cadeado.
Em Washington, os militares armados e os polícias estacionados defronte de veículos blindados substituem as multidões, com a circulação nas ruas bloqueada por blocos de betão.
Pelo menos dois civis armados foram detidos nos últimos dias em redor da "zona vermelha"