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Justiça mantém eleições antecipadas na Catalunha para 14 de Fevereiro

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O Tribunal Superior de Justiça da Catalunha suspendeu de forma cautelar o decreto do governo regional catalão da passada sexta-feira que adiava as eleições nesta comunidade autónoma espanhola para 30 de maio próximo.

A decisão do tribunal implica que se mantém em vigor a convocatória inicial para realizar as eleições antecipadas naquela região em 14 de fevereiro próximo.

O Tribunal Superior de Justiça da Catalunha aceitou assim as medidas cautelares solicitadas por um particular que esta segunda-feira contestou o decreto do executivo regional, que tinha estipulado a suspensão das eleições de 14 de fevereiro e marcava a nova data para 30 de maio, devido à pandemia de covid-19.

A magistratura concordou com a suspensão provisória do decreto, sem esperar pela resolução do mérito da causa, para evitar que a sua decisão final tenha efeitos "irreversíveis" nas eleições marcadas para daui a menos de quatro semanas.

As eleições antecipadas na comunidade autónoma da Catalunha foram marcadas devido à inabilitação, decretada pelo poder judicial em setembro passado, do último presidente regional, o independentista Quim Torra, condenado por se ter recusado a retirar uma faixa com conteúdo separatista da fachada da sede do governo regional durante a campanha para as eleições parlamentares nacionais de abril de 2019.

Torra assumiu a presidência da região nas eleições, assim como estas antecipadas, de dezembro de 2017, depois da tentativa falhada de autodeterminação da Catalunha em 01 de outubro do mesmo ano, que terminou com a fuga para a Bélgica do presidente anterior, Carles Puigdemont.

Estas eleições estão a ser marcadas pela divisão entre os dois principais partidos independentistas que estão coligados no parlamento regional e apoiam o atual executivo da comunidade autónoma.

A pré-campanha eleitoral também tem sido marcada pela apresentação de Salvador Illa, o atual ministro da Saúde espanhol, como candidato socialista à presidência do Governo regional.

A candidatura desta personalidade muito conhecida, que tem dado a cara na luta contra a pandemia de covid-19, está a dar que falar, aparecendo o PSC com uma subida substancial nas intenções de voto na Catalunha.

Illa poderia mesmo, segundo alguns observadores, levar os socialistas a ser os mais votado e substituir o Cidadãos (direita-liberal nacional) como primeiro partido catalão, apesar de as formações independentistas poderem continuar a ter uma maioria de deputados regionais.

A questão da independência divide profundamente esta região de 7,5 milhões de habitantes, até há pouco considerada a mais rica de Espanha.

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