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Banco Mundial financia a compra de vacina para São Tomé e Príncipe

O valor do financiamento é de seis milhões de dólares

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O Banco Mundial (BM) vai desbloquear seis milhões de dólares (4,9 milhões de euros) para São Tomé e Príncipe comprar vacinas de prevenção à Covid-19, anunciou hoje o ministro do Planeamento, Finanças e Economia Azul, Osvaldo Vaz.

"O Banco Mundial está a fazer todos os possíveis para o país beneficiar de seis milhões de dólares, esse montante é para adquirir e conservar as vacinas", disse Osvaldo Vaz.

"Uma equipa do ministério da saúde está a trabalhar com o Banco Mundial para se saber exatamente que tipo de vacina vai-se utilizar. O valor poderá estar disponível já em abril", acrescentou o ministro.

O anuncio foi feito em conferência de imprensa conjunta com o diretor de operações do Banco Mundial para São Tomé e Príncipe, Jean-Christophe Carret, que terminou hoje uma visita de quatro dias ao país.

Segundo o governante, a verba vai ser liberada "com caratér de urgência" e São Tomé e Principe poderá tornar-se num dos primeiros países de Africa a beneficiar desta vacina contra o novo coronavirus.

A previsão é que as vacinas cheguem ao pais até ao final deste semestre.

O acordo para o desbloqueamento da verba foi assinado hoje entre o governo são-tomense representado pela ministra da educação e ensino superior, Julieta Rodrigues e o diretor de operações do banco Mundial para São Tomé e Príncipe Jean-Christophe Carret, no final hoje da sua visita de quatro dias ao país.

Mas a noticia foi dada hoje pelo Ministro do Planeamento, Finanças e Economia Azul, Osvaldo Vaz, em conferencia de imprensa conjunta com o Director Regional do Banco Mundial para São Tomé e Príncipe.

Carret disse que a sua instituição "está pronta para ajudar São Tomé e Príncipe a aceder o mais rápido possível a uma ou várias vacinas" e adiantou que a aquisição destas vacinas constitui "um dos projetos urgentes" do BM.

O governo são-tomense havia pedido apoio financeiro para a compra das vacinas diretamente ao vice-presidente do Banco Mundial para África em Dezembro, entretanto hoje concretizado.

Nas últimos 48 horas, São Tomé e Príncipe registou 29 novos casos de Covid-19, entretanto sem óbitos. Mas as autoridades consideram que a contaminação está a aumentar consideravelmente no país.

Hoje mesmo o Comité Permanente de Crise reuniu-se e decidiu prorrogar por mais 15 dias o estado de calamidade em vigor há duas semanas e endurecer as medidas de restrições contra a propagação do vírus.

Na ilha do Príncipe onde a contaminação está mais atuante, o comité de crise decidiu que deverá ser declarado o estado de emergência.

Por causa disso, o parlamento deve reunir-se na próxima semana para aprovar um resolução que autoriza o executivo a declarar estado de emergência na Região Autónoma do Príncipe, território com pouco mais de sete mil habitantes.

"O número de infetados é preocupante e nos últimos dias é bem crescente. Complica tudo quando nós começamos a ter casos novos e a um ritmo bastante acelerado na Região Autónoma do Príncipe", disse o porta-voz do encontro, Adelino Lucas, secretário de Estado da Comunicação Social.

O Comité Permanente de Crise considera que "urge a implementação eficaz das medidas sanitárias quer nos setores públicos quer privados".

Na próxima semana uma missão do governo chefiada pelo primeiro ministro desloca-se a ilha do Príncipe para "melhor se inteirar da situação" da Covid-19 e saber "como agir, em articulação com o governo regional".

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