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Marcelo defende campanha "pela positiva" e elogia voto antecipado

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O candidato presidencial Marcelo Rebelo de Sousa defendeu hoje que a campanha para as eleições de 24 de janeiro deve ser feita "pela positiva", e não pessoalizada, e elogiou a adesão ao voto antecipado.

No final uma visita a uma mercearia social em Lisboa, a sua primeira ação de campanha pública, Marcelo Rebelo de Sousa adiantou aos jornalistas que na próxima semana irá ao Porto e a Celorico de Basto, no distrito de Braga, onde tenciona votar no dia 24.

Na noite eleitoral estará, como há cinco anos, na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.

Marcelo Rebelo de Sousa, que se recandidata ao cargo de Presidente da República com o apoio do PSD e do CDS-PP, explicou que a sua inscrição para o voto antecipado em mobilidade, no concelho de Lisboa, foi apenas preventiva, para o caso de não se poder deslocar a Celorico, mas elogiou "o bom exemplo dos 200 mil que vão votar já" no próximo domingo.

"Queria agradecer a todos, e são 200 mil, que se inscreveram para votar antecipadamente. E queria agradecer-lhes porque é um sinal para todos os que vão certamente votar no dia 24", afirmou, argumentando que "há mais razões para os portugueses votarem" no atual contexto, precisamente "porque há crise pandémica e há crise económica".

"Já basta termos um milhão a mais de recenseados no estrangeiro, que infelizmente a grande maioria deles não vai votar, o que aumenta logo a abstenção em 10%", observou.

Questionado sobre a forma como o candidato André Ventura, líder do Chega, tem atacado verbalmente adversários políticos nesta campanha, Marcelo Rebelo de Sousa defendeu que "é muito importante a pessoa apresentar-se pela positiva e, ao dizer o que pensa, de alguma maneira permite o contraste com a posição de outras e de outros, sem ser uma coisa pessoalizada".

"O fundamental é olhar para o futuro, e não tanto estar a dizer o que cada um pensa do que o outro usa, se tem barba, se não tem barba, se usa batom, se não usa batom, se realmente se penteia de uma maneira ou se penteia de outra maneira, se é bom, se é mau, se eu gosto dele, se não gosto. Por princípio, um candidato deve gostar de todos os demais candidatos", considerou.

Marcelo Rebelo de Sousa saudou o antigo Presidente da República Jorge Sampaio, pelo seu artigo hoje publicado no Expresso sobre o semipresidencialismo português e reforçou a mensagem de que "o mais importante é verdadeiramente tratar dos problemas do país" e debater o papel do chefe de Estado na resposta à pandemia de covid-19 e à crise que o país enfrentará nos próximos tempos.

"Francamente eu sei que é aquilo que anima e que de alguma maneira é notícia no dia a dia numa campanha são coisas diferentes disto, mas eu acho que os portugueses o que querem saber é isto: o que é que aquela pessoa vai fazer, em que condições, e como, nos próximos cinco anos, se for eleito", acrescentou.

Por outro lado, no seu entender, "o ideal é que as pessoas no fim da campanha se tratem como se tratavam antes do começo da campanha".

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