Madeira foi a região com melhor taxa de ocupação hoteleira até Novembro de 2020
Apesar da segunda maior quebra percentual nos primeiros 11 meses do ano passado, -27,7 pontos percentuais, os alojamentos turísticos na Madeira e Porto Santo foram os únicos a ter taxa de ocupação acima dos 30%
No acumulado de Janeiro a Novembro de 2020, o alojamento turístico na Madeira acumulou pouco mais de 2,3 milhões de dormidas, 112,6 mil dos quais no último mês contabilizado (Novembro), que registou uma quebra de 75,9% face a Novembro de 2019, enquanto que no acumulado dos 11 meses do ano passado, registou-se uma quebra de 67,1%. Com números demasiadamente negativos para se encontrar algo de positivo no ano pandémico deixado para trás, resta olhar para as taxas de ocupação até Novembro, quase 32% que, apesar de representar uma diminuição de 27,2 pontos percentuais face a 2019 e ser a segunda maior quebra (só Lisboa perdeu mais), mostra que no capítulo da taxa de ocupação, a região autónoma foi a única a superar os 30 pontos, com a média nacional nos 24,9%.
Em Novembro, a taxa de ocupação (16,9%) foi quase metade da média dos 11 meses, ainda assim ficando bem acima da média nacional (10,5%).
Segundo os dados divulgados pelo INE esta manhã de sexta-feira, a hotelaria e outros alojamentos turísticos receberam até esse mês um total de 512,4 mil turistas residentes em Portugal, representando uma quebra de 42,2%, bem acima da média nacional (-34,1%), enquanto que os não residentes no país representaram 1,792 milhões de turistas, o que significou uma quebra de 70,7% no acumulado do ano, aqui menos do que as perdas da média nacional (-74,5%).
Curiosamente, tanto os proveitos totais como os proveitos dos aposentos representaram quebras percentuais superiores à das dormidas e da taxa de ocupação líquida, por exemplo, totalizando num caso 121,1 milhões de euros (-68,2%) e 79,3 milhões de euros (-68,3%). Também foram perdas ligeiramente acima das perdas médias no país, -65,7% nos proveitos totais e -65,9% nos proveitos de aposento.
Diz o INE que "no conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, o rendimento médio por quarto disponível(RevPAR) situou-se em 8,2 euros em Novembro, o que correspondeu a um decréscimo de 74,5% (-64,6% em Outubro)". No caso da Madeira, outra nota positiva nestes números negativos. O alojamento turístico na RAM foi o que teve o maior RevPAR (12,4 euros), mas com perdas de 61,7% em Novembro.
Já o rendimento "no conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 56,8 euros em Novembro, o que se traduziu num decréscimo de 19,5% (-18,9% em Outubro)", conta em relação à media nacional, quando na Madeira o ADR foi de 63,7 euros, o mais alto por regiões, e das poucas que registaram aumentos (9%), sendo a maior evolução neste indicador.