Putin ordena vacinação massiva na Rússia a partir da próxima semana
O Presidente russo, Vladimir Putin, ordenou hoje a vacinação massiva da população russa contra o covid-19 a partir da próxima semana sublinhando que o composto desenvolvido no país é o "melhor".
"Eu ordenei o lançamento de uma vacinação massiva de toda a população a partir da próxima semana", disse Putin durante uma reunião do governo russo que decorreu através de vídeo conferência.
"A vacina russa é a melhor do mundo", afirmou Putin na mesma reunião.
Em dezembro, a Rússia já tinha iniciado a campanha de vacinação destinada a grupos prioritários como idosos, pessoal médico, professores e funcionários de estabelecimentos de ensino.
Os primeiros grupos autorizados a receber a vacina russa Sputnik-V começaram a ser progressivamente alargados.
De acordo com o fundo soberano russo RDFI, que financiou a investigação e a produção da vacina, mais de um milhão de pessoas na Rússia já foram inoculadas até ao momento.
A Rússia foi o primeiro país do mundo a homologar uma vacina contra o SARS-CoV-2, rejeitando as críticas internacionais que consideraram a investigação prematura assim que começaram a ser divulgados os resultados da fase 3 dos trabalhos científicos.
"Eu penso que a vacina russa, e isto é evidente para mim e a prática confirma-o, é a melhor do mundo", frisou Vladimir Putin que também se referiu às condições de armazenamento e de transporte que não "requerem condições extremas".
"É muito mais simples e muito mais eficaz", acrescentou comparando com os equivalentes ocidentais.
Por outro lado, a vice-primeira-ministra russa, Tatiana Golikova, com a tutela do setor da saúde, afirmou que "está tudo a postos" para o lançamento da vacinação massiva a partir da próxima segunda-feira.
A Rússia enfrenta a segunda vaga da pandemia do novo coronavírus.
Apesar do aumento do número de mortos por covid-19 as autoridades recusam-se a aplicar novas medidas de confinamento, a nível nacional.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.963.557 mortos resultantes de mais de 91,5 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.