País

O agravamento da pandemia explicada pelos especialistas faz capa dos jornais

Ontem foi dia de reunião no Infarmed e o que de lá saiu não augura nada de bom, atestando o objectivo do segundo confinamento, e as capas dos jornais mostram esse soar do alarme

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Os principais jornais nacionais têm hoje o foco nas medidas de confinamento e na urgência expressa nos alertas dadas pelos especialistas, que ontem foram à reunião no Infarmed, mostrar com números as razões porque o novo confinamento preparado para começar amanhã em todo o país (a Madeira inicia hoje), por forma a suster a propagação a níveis já de si dramáticos da covid-19.

No Correio da Manhã, apesar da manchete ser outra - "PJ congela 340 milhões de euros suspeitos: Recorde de dinheiro caçado" -, o jornal de maior expansão nacional não descura o problema. "Homem morre após 9 horas de espera em ambulância: Doente não covid de 80 anos foi para o hospital com dificuldades respiratórias"; "Escolas básicas escapam ao confinamento geral que entra em vigor amanhã", "Número de óbitos atinge novo máximo diário com 155 vítimas" e "Marcelo fez cinco testes, mas só um deu resultado positivo", são as outras chamadas de capa sobre a temática covid-19.

No jornal Público, é o tema principal, com um título principal revelando que "Autoridades desconhecem a origem de 87% dos contágios", mas com um grande número '14.000' e a "Estimativa de novos casos diários no final do mês", continuando com outros: "Abertura de hospital de campanha em Lisboa está a ser ponderada" e "Portugal registou esta segunda o maior número de mortes em 12 anos".

No Jornal de Notícias a manchete é que o "Governo quer escola aberta, mas admite secundário à distância", entre outras chamadas menores sobre o tema, mas também sobre as "Presidenciais: Adiamento das eleições e saúde aquecem debate a sete" e sobre o Presidente em exercício e candidato "Marcelo: Teste positivo reavaliado após dois negativos" e, por fim, a "Mortalidade atinge máximo do século".

No jornal Inevitável são os "630 mortos num dia. Segunda-feira negra num janeiro onde o pior está para vir" que dá maior enfoque ao tema do momento, explicando que "são esperadas mais de 4 mil mortes nas próximas semanas", continuando com as "Presidenciais dividem constitucionalistas: 'Se as pessoas podem ir às compras também podem ir votar' [Jorge Miranda]"

No Diário de Notícias a manchete revela que o "Governo decide hoje sobre alunos a partir do 7.º ano: Fecho das escolas será contra vontade do ministro", referindo-se no texto de apoio que "número de casos será catastrófico, antecipam especialistas, quando as mortes diárias ultrapassam as piores previsões". Mas também sobre as Presidenciais, afectadas pela pandemia, "Sem margem para adiar eleições".

No Negócios é o título "País parte para o confinamento dividido sobre as escolas" e que "Novos casos cresceram 60% nos últimos três dias" e, ainda, "Porque deram resultados diferentes os testes a Marcelo?", continuando neste jornal especializado em economia com outra chamada fora do âmbito: "Bruxelas insiste que Estados não podem comprar vacinas."

Nos desportivos, além das chamadas principais ao futebol e aos jogos de ontem na Taça de Portugal, nenhum deixa passar o assunto covid-19, uma vez que também tem afectado a prática desportiva, amadira e profissional. No A Bola diz-se que "Novos casos de covid-19 geram alarme (no Sporting); no Record além do título "Sporting: Testes à covid passam a ser diários: três casos positivos no grupo", também olha-se mais ao largo: "Covid: Consequências do novo confinamento: Desporto sem respostas do Governo" e, por fim O Jogo dá destaque maior com o tema "Desporto pressiona Governo: Cimeira de federações prepara estudo sobre os prejuízos gerados pela falta de apoio".

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