"É apenas mais uma medida, não podemos lutar contra ela, apenas adaptarmo-nos”
Marco Gil já começou a abrir o ginásio às 6 horas, para contornar as dificuldades do recolher obrigatório
“Não há medidas boas nem medidas más, são medidas, é o que há”, reagiu o empresário e treinador pessoal Marco Gil, que começou hoje a abrir o seu ginásio às 6 horas da manhã, para se adaptar à nova realidade e às regras que determinam que os serviços não essenciais encerrem às 18 horas. “Eu hoje às 6h15 da manhã já tinha pessoas a treinar no clube. É um bom prenúncio, é sinal que as pessoas realmente se estão a reposicionar nas suas vidas, aquelas que estão realmente a levar isto a sério”.
As novas orientações emanadas da Presidência do Governo Regional ontem deverão levar à adopção de mudanças na vida das pessoas, que deverá passar ir para casa mais cedo, jantar, deitar e se levantar mais cedo, acredita o treinador, e assim também fazer a actividade física mais cedo. Marco Gil sente que está no caminho certo. Infelizmente, lamentou, as pessoas ainda não estão a perceber “que é preciso confinar, que é preciso levar isto a sério”.
O empresário avalia como “excelente” o trabalho que o Governo está a fazer nesta questão do combate à pandemia e diz que tem sido claro na sua actuação. E elogia os ginásios, que têm cumprido e garantido a segurança. “É apenas mais uma medida, não podemos lutar contra ela, apenas adaptar-nos”.
Os ginásios estão a trabalhar limitados desde Março, houve uma altura em que estiveram mesmo encerrados e actualmente Marco Gil continua as aulas de grupo porque tem um espaço exterior, mas ainda assim reduzido a 50%. Diz que apesar dos condicionamentos, as coisas estão a correr bem e a situação tem sido pacífica junto dos clientes.
Até nova ordem do Governo, não pretende fechar o ginásio. Ontem, disse, houve alguma confusão. “Houve uma certa desinformação, porque realmente tentaram encaixar-nos no desporto federado e nas instalações desportivas, quando nós privados não podemos de forma nenhuma ser encaixados nesse sector. Nós somos um sector privado, nós somos um sector de fitness”, diferenciou.
Sobre as medidas em geral, não tem dúvidas de que a saúde pública deve vir acima de tudo e a economia deve ficar em segundo plano, o que não invalida que haja um esforço no sentido de equilibrar as duas coisas, lembrou. “Acho que o governo tem feito um trabalho incrível e acho tem estado a contrabalançar e quando dizem que têm as coisas controladas, eu quero achar que sim”.