Não há tempo a perder
O ano de 2020 ficará para sempre na memória de todos, como um ano de enormes dificuldades e desafios provocados pela pandemia do Covid-19.
Num ano atípico como este seria expectável o reforço da solidariedade e da entreajuda do Governo da República para com a Madeira.
Infelizmente tal não aconteceu, o Governo socialista recusou todos os pedidos efectuados pela Região, recusou conceder um aval, recusou conceder a moratória ao PAEF, tendo sido forçado a concedê-la pela Assembleia da República, graças ao nosso trabalho e à nossa persistência na defesa da Madeira.
O ano foi por isso pródigo em exemplos da má vontade socialista em relação à Madeira, quer através dos inúmeros votos contra dos seus deputados em São Bento (incluindo os eleitos pela Madeira), quer através dos variados golpes desferidos pelo Governo de António Costa.
O último dos quais teve lugar quando faltavam três dias para o fim deste fatídico ano, altura em que o Governo socialista resolveu apresentar na Assembleia da República, sem ouvir os órgãos de governo próprio da Região, uma proposta que constitui um atentado sem precedentes e um rude golpe à Madeira e ao seu CINM.
Uma proposta que vai muito mais além do que foi suscitado pela Comissão Europeia e que introduz alterações significativas que colocam em causa a manutenção de um regime que vigora há mais de trinta anos na Madeira.
Uma proposta que transforma um centro internacional, num centro regional de negócios e que se for aprovada provocará desemprego e retirará à Região uma importante receita fiscal.
O ano de 2020 também demonstrou que nós estivemos sempre do lado da defesa da Madeira e que o PS-M não tem qualquer influência em Lisboa, apesar dos seus deputados votarem sempre do lado de António Costa contra a Madeira.
Num assunto desta importância, como é o CINM, foi vê-los a fazer de tudo para defender o governo socialista e para tentar justificar o voto contra a Madeira, desde cartas, a garantias de que o assunto seria resolvido fora do parlamento, a compromissos de votar a favor de todas a iniciativas. No final aconteceu, tudo ao contrário do que prometeram e votaram contra as duas iniciativas que apresentámos sobre o CINM.
O início do ano de 2021 é uma altura propícia à esperança, fazemos por isso votos que o PS-M e os seus deputados em Lisboa “emendem a mão”, não voltem a faltar à sua palavra e a votar contra a Madeira.
Esperamos que no próximo dia 29 de janeiro, votem a favor do nosso projeto, um projeto que congrega os contributos do setor e que clarifica as dúvidas suscitadas pela Comissão Europeia, sem desvirtuar o centro e a sua natureza internacional.
Não há tempo a perder, temos de colocar rapidamente um travão na injusta pretensão de António Costa de desvirtuar e prejudicar a Madeira e o seu CINM.