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Saiba aqui que notícias marcam a agenda de hoje

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O segundo dia de campanha oficial para as eleições presidenciais de dia 24 prossegue hoje com os candidatos de norte a sul do país, quando se dá como certa a possibilidade de um novo confinamento para conter a covid-19.

Menos pessoas, recintos com regras mais apertadas, comícios 'online' ou arruadas com máscaras são algumas das alternativas que os candidatos a Belém pretendem adotar para uma campanha presidencial marcada pela incerteza no contexto de pandemia da covid-19.

O atual Presidente e recandidato, Marcelo Rebelo de Sousa, está em vigilância e impedido de se juntar a "aglomerações significativas" até ao dia 18 de janeiro, na sequência do contacto com um elemento da sua Casa Civil infetado com o novo coronavírus, pelo que até esse dia não tem qualquer ação de campanha prevista.

Assim, Marcelo terá uma agenda ocupada sobretudo com entrevistas, cerca de meia dúzia, durante o período oficial de campanha.

Admitindo que a forma como irá decorrer a campanha é "uma incógnita total", a candidatura da socialista Ana Gomes conta realizar visitas mantendo o modelo até agora adotado para a pré-campanha, reduzindo pessoas nas ações, exemplificando que "houve situações em que só foi permitido estar 10% da lotação, num espaço com lotação para 300".

O candidato apoiado pelo Chega, André Ventura, não deverá abdicar de alguns formatos habituais de campanha, adaptados à pandemia.

A agenda do deputado para os primeiros dias oficiais de estrada prevê a realização de arruadas, comícios e concentrações, com recurso a regras sanitárias como a utilização de máscara, estando a restante campanha dependente da evolução do contexto pandémico.

Quanto à candidata bloquista Marisa Matias, o diretor de campanha, Adriano Campos, adiantou à Lusa que todas as iniciativas serão adaptadas ao contexto de pandemia, sendo que "nunca estiveram previstas arruadas, nem almoços ou jantares de campanha" e que todos os elementos e jornalistas que acompanham a eurodeputada serão testados ao novo coronavírus.

O modelo dos comícios foi ajustado e já testado com uma versão onde os participantes estarão maioritariamente 'online' e apenas alguns presencialmente, no local onde se realizam, de forma a cumprir as regras sanitárias.

Por seu turno, o dirigente comunista João Ferreira, que tem sido dos mais ativos na pré-campanha, já fez saber que a programação da sua campanha "está em revisão, designadamente com a anulação de ações de almoços, jantares, arruadas e desfiles".

"Serão mantidas iniciativas de esclarecimento, cujas características e organização permitam assegurar todas as condições de proteção sanitárias, nomeadamente sessões públicas", pode ler-se na nota enviada à comunicação social.

Fonte oficial da candidatura do liberal Tiago Mayan Gonçalves garantiu que a campanha será "pautada pela responsabilidade e bom senso", que os eventos serão "sempre planeados com poucas pessoas" e em caso de um confinamento mais restrito, serão realizados eventos 'online' como forma de chegar aos eleitores.

Já Vitorino Silva, fundador do RIR (Reagir, Incluir, Reciclar), pretendia inicialmente fazer uma campanha mantendo o contacto "porta a porta" com a população, contudo, face ao aumento no número de infeções e óbitos diários registado nos últimos dias, o candidato garantiu que vai alterar a campanha em função da evolução da pandemia.

"Se o povo for para casa eu também vou. Não quero as mordomias dos partidos", disse o candidato, que já chegou mesmo a defender o adiamento das eleições.

As eleições presidenciais, que se realizam em plena epidemia de covid-19 em Portugal, estão marcadas para 24 de janeiro e esta é a 10.ª vez que os portugueses são chamados a escolher o Presidente da República em democracia, desde 1976.

Hoje, também é notícia:

DESPORTO

Sporting e Marítimo dão o 'pontapé de saída' nos oitavos de final da Taça de Portugal de futebol, na Madeira, onde há poucos dias os 'leões' alcançaram mais uma vitória na I Liga, face ao Nacional.

Depois de terem superado as condições climatéricas adversas na Choupana (2-0), os líderes do campeonato voltam a jogar na 'pérola do Atlântico', agora para a prova 'rainha', naquele que é um dos três embates entre formações primodivisionárias.

Este será o 10.º jogo entre Sporting e Marítimo para a Taça, sendo que os 'leões' apenas perderam por uma vez com os insulares, em 1989/90.

Se o Sporting procura a sétima vitória seguida em todas competições, o Marítimo tenta apurar-se para os quartos de final da Taça de Portugal pela terceira vez na última década, poucos dias depois de ter sido derrotado pelo Sporting de Braga (2-1), para a I Liga.

Até chegarem a esta fase, os 'verdes e brancos' deixaram pelo caminho Sacavenense (7-1), do Campeonato de Portugal, e Paços de Ferreira (3-0), enquanto os maritimistas precisaram de recorrer ao prolongamento para superar Penafiel (3-2), da II Liga, e Salgueiros (2-1), do terceiro escalão.

A partida entre Marítimo e Sporting tem início marcado para as 21:15, no Funchal, e será dirigida pelo árbitro Manuel Oliveira, da Associação de Futebol (AF) do Porto.

ECONOMIA

O julgamento das impugnações às coimas num valor global de cerca de cinco milhões de euros aplicadas pelo Banco de Portugal (BdP) ao Montepio e a sete antigos administradores entra hoje em fase de alegações finais.

No julgamento, que decorre desde o final de outubro de 2020 no Tribunal da Concorrência, Regulação e Supervisão (TCRS), em Santarém, estão em causa infrações por alegadas violações das regras de controlo interno e incumprimento nos deveres de implementação de controlo interno, referentes à concessão de crédito, que originaram as coimas aplicadas em fevereiro de 2019 pelo Banco de Portugal (BdP).

Nessa decisão administrativa, o BdP condenou a Caixa Económica Montepio Geral (CEMG), Caixa Económica Bancária, SA a uma coima de 2,5 milhões de euros, o seu antigo presidente António Tomás Correia a 1,25 milhões de euros e outros sete ex-administradores a valores entre 17,5 mil e 400 mil euros, sendo que, na sessão preparatória realizada a 21 de outubro, foram declaradas prescritas as infrações contraordenacionais relativas a Rui Amaral.

As alegações finais tiveram início marcado para a passada sexta-feira, mas acabaram adiadas para hoje dado o pedido de junção de um "parecer técnico" pelo mandatário da CEMG, tendo o tribunal concedido um prazo de 24 horas para apreciação do documento pelo Ministério Público e pelo BdP.

INTERNACIONAL

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, reúne-se hoje por videoconferência com o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, e com membros do seu Governo, assim como com Justin Welby, arcebispo de Canterbury e primaz da igreja anglicana.

O secretário-geral da ONU participará ainda numa mesa redonda sobre energia limpa com o chefe da diplomacia britânica, Dominic Raab, e com Alok Sharma, presidente da cimeira do clima da ONU, que o Reino Unido organizará em novembro próximo, na cidade escocesa de Glasgow.

LUSOFONIA, ÁFRICA E COMUNIDADES

O parlamento de São Tomé e Príncipe vota hoje a proposta do Orçamento do Estado para 2021, avaliada em 166 milhões de dólares (135 milhões de euros).

No documento, o Governo projeta um crescimento económico de 5% em 2021, "alicerçado na disponibilidade de fundos de apoio ao setor privado, nomeadamente para a construção e reabilitação da estrada de mais de 45 quilómetros da Nacional nº 01, que liga a capital e toda a zona norte de São Tomé".

O orçamento prevê a arrecadação de receitas correntes correspondente a 68 milhões de dólares (55 milhões de euros), dos quais 65 milhões de dólares (53 milhões de euros) em receitas fiscais, correspondente a 14,9% do Produto Interno Bruto (PIB).

Os donativos de parceiros estão avaliados em 74 milhões de dólares (60 milhões de euros), que, de acordo com o governante, representa 16,9 % do PIB, sendo que 53 milhões de dólares (43 milhões de euros) desse valor serão canalizados para projetos.

O enviado especial da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), o ex-presidente nigeriano Goodluck Jonathan, inicia hoje uma visita ao Mali para avaliar a situação da transição após o golpe de Estado de agosto passado.

Os coronéis que derrubaram o antigo presidente Ibrahim Boubacar Keita, durante um golpe oficialmente sem derramamento de sangue, prometeram devolver o poder aos líderes civis eleitos após um período de transição de até 18 meses.

Independente desde 1960, o Mali viveu, em 18 de agosto, o quarto golpe militar na história do país, depois dos episódios ocorridos em 1968, 1991 e em 2012.

Portugal tem no Mali 74 militares integrados em missões da Organização das Nações Unidas e da União Europeia.

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