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“Está tudo controlado!”

OS CONTROLADORES…

Uma das frases mais ouvidas por parte de Miguel Albuquerque, nos últimos meses, é que está “tudo controlado”. Estará? Muito provavelmente não.

Ainda esta semana, o Secretário da Saúde (o mesmo que albergou no seu seio secretarial muitos técnicos especialistas a soldo do companheiro de coligação) afirmou que o adiamento de consultas, testes de diagnóstico e atos cirúrgicos, será “facilmente recuperável”. Mais uma afirmação de difícil concretização.

A penúria do último mandato de Miguel Albuquerque no que compete à área da saúde não deixa antever perspetivas de salvaguarda e de melhoria aos milhares de cidadãos que aguardam uma consulta ou uma cirurgia.

Basta olhar para os números e observar o nível de resistência do executivo para facultar os dados. A transparência só na casa dos outros.

Uma palavra de estima aos milhares de cidadãos que aguardam anos e anos por uma cirurgia, por um exame ou por uma consulta.

Uma palavra de apreço aos milhares de profissionais da saúde que diariamente cumprem o seu dever, cumprem as regras e se revoltam com os exemplos pouco dignificantes da atualidade governativa.

A QUARENTENA GOVERNAMENTAL

Pelo andar da carruagem, parece que desde o feriado da Restauração de Portugal, alguns membros do Governo Regional da Madeira entraram em quarentena sabática. Uma espécie de laxismo que culminou com o repasto com as sandes de carne, vinho e alhos no Mercado do Funchal. Está tudo controlado!

Aliás, aquele episódio – que a arrogância e a sobranceria governativas impediram um respeitoso pedido de desculpa às famílias que alteraram o seu quotidiano festivo em função das orientações da autoridade de saúde - foi uma autêntica vergonha. Um exemplo que mostra que se decreta uma “lei” para povo e outra “lei” para os governantes. Um ultraje ao esforço, à seriedade e à responsabilidade com que muitas famílias reduziram ao seu lar o convívio com outros familiares. Em suma, um cartão vermelho para Miguel Albuquerque, e para o Secretário da Saúde, o paladino do recolher obrigatório à mesa, para a meia dezena.

O FESTIM NO PALÁCIO

No domingo passado, através de uma peça do Programa Passeio Público, da RTP-Madeira assisti a um festim de fim de ano, que a pivô referiu ser no Savoy Palace.

O exemplo que, além de ter passado deliberadamente despercebido aos habituais atentos do costume, não deixou de revoltar o comum dos mortais. Sobretudo, aos que ficaram em casa, cumprindo na íntegra as regras dos ajuntamentos.

Contra os factos observáveis não existem argumentos. Uma manifesta irresponsabilidade, com trato televisivo. Um ultraje em tempos de pandemia,

Ficou mais claro que, à semelhança do repasto da carne, vinho e alhos, há festins para filhos, e festinhas para enteados...

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