Confederação "não vai largar" luta por uma linha de apoio específica ao Turismo
O presidente da Confederação do Turismo de Portugal disse hoje que "não vai largar" a luta por uma linha específica de apoio ao turismo, um dos setores mais afetado pela pandemia, estando "a trabalhar" com o Governo nesse sentido.
"Estamos a trabalhar em estreita colaboração por um programa específico para o turismo", afirmou Francisco Calheiros, numa web conferência organizada pela CTP, exigindo que o Governo defenda junto do Parlamento Europeu e da Comissão Europeia a criação dessa linha com uma dotação própria para o turismo.
Francisco Calheiros criticou ainda a diplomacia económica durante a pandemia, nomeadamente quanto aos voos não permitidos, e a falta de apoio específico para um setor com quebras na faturação e desemprego e que a federação defende que tem dificuldade em recuperar até que uma vacina dê segurança para a retoma do turismo de lazer.
O vice-presidente da Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa, Paulo Portas, foi o convidado da web conference, a primeira da V Cimeira do Turismo Português -- Turismo pós-covid, sob o tema 'O mundo em tempos de pandemia'.
"Precisamos de um turismo em condições para ter uma economia em condições", disse Paulo Portas, defendendo que o turismo "precisa de planos próprios e intensos" e que é um setor diferente de outros e tem um peso maior na economia nacional.
A CTP defende ainda a criação de um Plano de Recuperação e Transformação do Turismo Português, a médio prazo, que inclua, entre outras medidas, programas para a sustentabilidade do turismo, para a renovação e sustentabilidade de destinos maduros, para a capacitação e dignificação dos profissionais do turismo e um programa financeiro exclusivo de apoio ao turismo e aviação.
As medidas para combater a pandemia de covid-19 paralisaram setores inteiros da economia mundial e levaram o Fundo monetário Internacional (FMI) a fazer previsões sem precedentes nos seus quase 75 anos: a economia mundial poderá cair 4,9% em 2020, arrastada por uma contração de 8% nos Estados Unidos, de 10,2% na zona euro e de 5,8% no Japão.