Ingenuidade e ignorância andam sempre a par
Porto Santo é pródigo em problemas crónicos, dificuldades reiteradas que se arrastam no tempo, nunca se solucionando como ladainhas ensurdecedoras.
Pôr o Porto Santo a “flutuar” exige muito trabalho, para além de criatividade e consensos. Acertar com o rumo de uma vida melhor exige políticas públicas bem articuladas.
Sem preparação, sem esforço e sem aprender, insistindo em fazer o que não se sabe ,as coisas acabam por correr mal. Isto é especialmente incomodativo quando está em causa uma liderança, que tem (ou deveria ter)poder deliberativo/decisivo e que influencia para o bem ou para o mal a vida dos outros. Parece que há pessoas perdidas entre a idade das trevas e a idade das pedras. A eficácia, a eficiência e a rapidez pertencem a um mundo tão distante que parecem estar para além do próprio Universo. Mais do que palavras é preciso acção, pois é na adversidade e, ou, em tempos de maior convulsão social que se mede a “têmpera “de um político.
Quando se teima em tapar um remendo com outro remendo, sabe-se à partida que a sua durabilidade será breve e a eficácia menor ainda. É preciso que se opte por um novo “pano”, para “talhar, recortar e coser “na medida adequada para que não nos surpreenda a breve trecho ,no tempo e no espaço novo rasgão e não tenhamos de, atabalhoadamente, andar à procura da “agulha e da linha”, como tem sido recorrente desde há algum tempo a esta parte.
Discernir e emendar um erro é da mais elementar ética política. Cometer um erro e não o corrigir é outro erro. E não têm sido poucos os erros...
Madalena Castro