Cafôfo acusa Eduardo Jesus de “insensibilidade atroz” para com trabalhadores despedidos
O presidente do PS-Madeira usou hoje a sua página de Facebook para criticar a atitude do secretário Regional do Turismo em relação aos trabalhadores da hotelaria e da restauração que estão a ser alvo de despedimentos ou que seguem para layoff.
“É chocante e de uma insensibilidade atroz que o Secretário Regional do Turismo não tenha uma palavra de solidariedade para com os trabalhadores que estão a ser alvo de despedimento ou os que entram na incerteza do layoff”, escreveu Paulo Cafôfo, referindo que a notoriedade do destino Madeira conseguiu-se através de “homens e mulheres que fizeram com que a nossa hospitalidade e o serviço de excelência que prestam aos nossos turistas, percorresse os quatro cantos do mundo, mas que agora atravessam os piores momentos das suas vidas”.
Segundo o socialista, “é por essa razão que não nos serve um Secretário e um Governo Regional acomodados à situação, para não dizer, satisfeitos com a situação, em vez de empreenderem acções que visem salvar empregos e o nosso turismo”.
30% de ocupação hoteleira “não é um mau desempenho”
O secretário regional do Turismo e Cultura disse, esta manhã, que os 30% de taxa de ocupação hoteleira para esta edição da Festa da Flor demonstram todo o esforço no posicionamento da Madeira como destino seguro. “Estamos com taxa de ocupação de 30% nos hotéis que estão abertos e isso é extraordinário. Pode não parecer, mas dado os constrangimentos que existem e a situação em que se encontram os mercados de origem para a Madeira, com algumas dificuldades de controlo da pandemia, ter esta ocupação não é um mau desempenho”.
A publicação de Paulo Cafôfo é acompanhada por uma notícia do DIÁRIO, publicada hoje na edição online, onde o secretário Eduardo Jesus afirma que a Madeira regista uma ocupação na ordem dos 30%” na Festa da Flor, número que não considera ser um “mau desempenho”.
O Secretário Regional referiu ainda, esta manhã, que o Governo Regional está a fazer tudo para auxiliar o tecido empresarial madeirense. No entanto, Eduardo Jesus admitiu que o destino Madeira está dependente dos mercados de origem.
Eduardo Jesus admite que não será possível “salvaguardar todos os postos de trabalho”
A Madeira não controla a procura e não podemos menosprezar as situações epidemiológicas na origem
