Madeira

Largo da Achada é “exemplo da falta de transparência do Executivo de Santa Cruz”

A denúncia parte do PSD/Camacha que questiona a requalificação do referido Largo, intervenção que nunca foi sujeita à apresentação pública e da qual pouco se sabe

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Em nome da “transparência” e da “necessária partilha de informação aos cidadãos” a que as autarquias estão obrigadas, a Comissão Política do PSD da freguesia da Camacha solicitou ao Presidente da Câmara Municipal de Santa Cruz, o devido esclarecimento sobre a obra de remodelação que irá avançar no Largo Conselheiro Aires de Ornelas - Camacha, sobre a qual “pouco ou nada se conhece”.

A Comissão Política estranha esta postura camarária, tanto mais tratando-se de uma obra há muito reivindicada pela população, que, até à data, desconhece o que irá ser feito e como é que a autarquia pretende revitalizar um espaço que se considera emblemático na freguesia.

“Através do Diário da República, datado de 19 de Agosto de 2020, ficamos a saber do anúncio de procedimento nº. 9302/2020 – Empreitada de Remodelação do Largo Conselheiro Aires de Ornelas – Camacha, com o prazo de execução de 180 dias, obra que, anunciada há já algum tempo, nunca foi apresentada nem dada a conhecer à população, o que nos levanta sérias dúvidas”, alega a Comissão Política do PSD Camacha, lamentando que, neste caso, e em muitos outros, a autarquia não tenha sido capaz de suscitar um debate de ideias para o projecto e envolver os Munícipes na sua elaboração.

Recordando que o Largo Conselheiro Aires de Ornelas ostenta “o nome de um dos políticos mais brilhantes do nosso país, nascido na Camacha”, o monumento ao futebol que regista a data em que se jogou Futebol pela primeira vez em Portugal, e tem sido um cartão de visita da Vila e palco de grandes Eventos, o PSD considera que “não é aceitável esta falta de cuidado e de atenção do Executivo para com a população que, desde sempre, se orgulha deste espaço”.

Os Social-democratas vão mais longe ao afirmar que “um Executivo Municipal não pode governar sem consultar o povo e sem ouvir o que o povo tem para dizer, sendo esta postura um desrespeito para com aqueles que os elegeram e que têm o direito de ser consultados”.

Reforçam que “esta falta de articulação com as entidades locais e com a população acaba por ser uma das razões do estado de abandono a que o centro da Camacha está votado, por culpa de um Executivo que decide pela sua cabeça sem antes ouvir e consultar quem aqui reside e quer contribuir para a freguesia a que pertence”. 

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