O PS-Madeira defendeu hoje uma “postura mais activa” do Governo Regional para fazer face aos problemas que o sector turístico enfrenta, apontando para a necessidade de maior celeridade nos apoios às empresas ligadas ao turismo e na salvaguarda de emprego.

Numa conferência realizada hoje na Placa Central, no Funchal, o presidente do PS-Madeira referiu que a Região já está a sentir “sinais muito negativos” no que diz respeito ao sector do turismo. Referindo-se às últimas notícias que dão conta de um despedimento colectivo do histórico e emblemático hotel Ritz, Paulo Cafôfo salientou que o Grupo Parlamentar do PS tem conhecimento de que “outras unidades hoteleiras estão a atravessar grandes dificuldades”, para além das consequências que irão resultar do cancelamento da operação dos navios AIDA, na Região, ao nível do sector de restauração e de animação turística.

“Sendo o turismo um sector importante para a Região, com 26% do PIB e 17% do emprego, e tendo em conta a realidade que estamos a atravessar, implica que haja mais acção por parte do Governo Regional”, defendeu, já que se trata do sector mais importante para a Madeira. Por isso, entende que a acção do Governo Regional deve ser “mais concentrada”, para “evitar o fecho das empresas de animação turística, unidades hoteleiras e restauração”.

O também deputado socialista abordou os sucessivos atrasos nas linhas de apoio criadas pelo Governo Regional, lembrado a linha de 20 milhões, anunciada em Abril, só ontem abriu as candidaturas. Defendeu uma actuação “mais célere” para evitar o sufoco das empresas e o consequente despedimento dos funcionários.

Paulo Cafôfo, referiu também que ao nível da promoção do destino Madeira, a Região não está a “rentabilizar a questão da confiança e do bom controlo da crise sanitária” que regista um baixo número de infectados.

“É um factor que deveria estar a ser potenciado tanto na promoção do destino Madeira, mas também algo que nós, Grupo Parlamentar do PS, defendemos e que foi chumbado na Assembleia Regional, que se prende com a criação de um fundo para captação de novas rotas aéreas”, argumentou.

Para Paulo Cafôfo, é essencial que a Região olhe para o turismo e para a promoção e captação de novas rotas aéreas como uma prioridade porque os tempos que se adivinham não serão fáceis. "Em vez de guerrilhas políticas ou de pertenças candidaturas do presidente do Governo Regional a Belém, o foco deveria ser a economia com particular incidência no turismo, no apoio às empresas e no combate, sem tréguas, ao desemprego”, defendeu.