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Reino Unido testa primeiro comboio a hidrogénio

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O primeiro comboio movido a hidrogénio no Reino Unido vai ser testado hoje na região de Warwick, a 150 quilómetros de Londres, como parte dos planos do Governo britânico para desenvolver o uso da tecnologia noutros tipos de transporte.

O teste com o comboio conhecido por HydroFLEX é o resultado de dois anos de investigação e de um financiamento de 750 mil libras (821 mil euros) do Ministério dos Transportes britânico e de mais de um milhão de libras (1,1 milhões de euros) da construtora ferroviária Porterbrook e da Universidade de Birmingham.

Ao visitar o local, o ministro dos Transportes, Grant Shapps, revelou a ambição de criar um Centro de Transporte de Hidrogénio em Tees Valley, no nordeste de Inglaterra, com o envolvimento de universidades e indústria para explorar a tecnologia e, ao mesmo tempo, criar centenas de empregos e transformar a região num líder global no setor do hidrogénio verde.

Um plano para a criação de um polo naquela região, historicamente ligada às indústrias ferroviária, naval e metalúrgica, que desenvolva o uso do hidrogénio verde como combustível para autocarros, camiões, comboios, navios e aviões no Reino Unido deverá ser publicado em Janeiro.

O Governo anunciou também o financiamento com 23 milhões de libras (25 milhões de euros) de um 'Programa de Transportes a Hidrogénio', dos quais 6,3 milhões de libras (6,9 milhões de euros) para produzir 19 camiões do lixo a hidrogénio e uma estação de reabastecimento em Glasgow.

A cidade escocesa comprometeu-se no ano passado a eliminar da frota da autarquia veículos emissores de gases poluentes até 2029.

Shapps sublinhou que estes projectos vão permitir a criação de "empregos verdes" e contribuir para a descarbonização da rede de transportes.

"Através dos nossos planos de reconstruir melhor, estamos a abraçar o poder do hidrogénio e os meios de transporte mais sustentáveis e verdes que vai proporcionar", afirmou hoje, num comunicado.

O Reino Unido está a apostar no uso do hidrogénio na rede ferroviária porque este combustível não emite gases poluentes como o gasóleo, e espera poder começar a adaptar os comboios em serviço a partir de 2023.

Na semana passada, o Governo deu também conta da criação do "Jet Zero Council", um grupo de trabalho com a indústria da aeronáutica, incluindo empresas como a Rolls-Royce, Airbus, Shell ou British Airways, para desenvolver aviões não poluentes.

O Reino Unido estabeleceu como meta atingir a neutralidade carbónica em 2050, tal como a União Europeia, descarbonizando a economia e reduzindo a emissão de gases com efeito de estufa que contribuem para as alterações climáticas.

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