Época mais critica termina com 65.000 hectares ardidos e morte de cinco bombeiros
A época mais crítica de incêndios florestais termina hoje com cerca de 65 mil hectares de área ardida e a morte de cinco bombeiros e de um piloto de um avião de combate aos fogos.
Nos últimos três meses, o dispositivo de combate aos fogos esteve na sua capacidade máxima ao estarem no terreno 11.825 operacionais, 2.746 equipas, 2.654 veículos e 60 meios aéreos, no denominado 'reforçado -- nível IV'.
A época mais critica de incêndios fica marcada pela morte de cinco bombeiros das corporações de Oliveira de Frades (distrito de Viseu), Miranda do Corvo (Coimbra), Leiria, Proença-a-Nova (Castelo Branco) e Cuba (Beja) durante as operações de combate.
Durante o combate a um incêndio no Parque Nacional da Peneda-Gerês morreu um piloto após a queda de um avião Canadair.
O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, pediu à Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANPEC) a abertura de um inquérito sobre as circunstâncias das mortes, não existindo ainda conclusões.
O risco de incêndio foi este ano elevado o que levou o Governo a decretar por vários dias em julho, agosto e setembro a situação de alerta especial para o Dispositivo Especial de Combate aos Incêndios Rurais (DECIR).
Apesar de não estar disponível o relatório com os dados atuais, os números provisórios divulgados na página da internet do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) dão conta de que se registaram este ano 8.980 incêndios florestais que provocaram cerca de 65 mil hectares de área ardida.
Comparando com o relatório de 30 de setembro de 2019, verifica-se que se registaram este ano menos 1.379 ocorrências de fogos rurais, mas a área ardida aumentou cerca de 58%.
Depois da considerada época mais crítica terminar hoje, os meios de combate vão ser reduzidos na quinta-feira ao passar estar em vigor o nível de empenho operacional denominado "reforçado de nível III", de acordo com a Diretiva Operacional Nacional (DON), que estabelece o DECIR.
Durante a primeira quinzena de outubro vão estar no terreno até 9.804 elementos de 2.277 equipas e até 2.154 veículos dos vários agentes presentes no terreno e até 60 meios aéreos.
A Rede Nacional de Postos de Vigia para prevenir e detetar incêndios vai continuar com os 230 postos de vigia até 15 de outubro.
Na segunda quinzena de outubro, a DON prevê uma nova redução dos meios de combate a incêndios.