A aceitação da diferença é norma num Partido que é poder há mais de quarenta anos. Mal seria se não houvesse divergência de opiniões ou se as pessoas não pudessem exprimir os seus pensamentos livremente, na tal democracia que nós, PSD/M, ajudamos a construir nesta terra que diariamente defendemos.

A mesma democracia que alguns Partidos desrespeitam quando tentam silenciar o poder em cerimónias públicas ou quando tratam os madeirenses como Portugueses de segunda categoria. Isto, claro, com a conivência e a cumplicidade dos que, por cá, preferem estar a bem com quem só nos prejudica, em vez de pensarem pelas suas cabeças.

A questão não é, portanto, a diferença, mas, sim, a capacidade de usarmos essa diferença a favor e não contra o todo que somos. A capacidade de não deixarmos alimentar polémicas desnecessárias e de colocarmos essas mesmas opiniões no local certo e no momento próprio, a quem tem a obrigação e o dever de transformar divergências em convergências. De potenciar a diferença como base de evolução e melhoria. De acolher novos contributos, desde que válidos, enquanto reforço aos nossos pilares de atuação.

Sim, somos um todo. Enquanto Partido, somos um conjunto de pessoas que pensa, trabalha e luta por um objetivo comum. Um objetivo que está sempre acima de todos e quaisquer interesses pessoais, que justifica a nossa existência e que nos dá a força e a esperança no futuro: o melhor para a Madeira e para os Madeirenses.

E é nisso, apenas nisso, que temos de concentrar energias.

Não podemos perder tempo nem muito menos discernimento. Ao contrário de outros, sabemos exatamente o que queremos e qual o caminho que temos a seguir.

Nunca foi tão importante fazermos valer o compromisso que temos, desde sempre, com a nossa população. Nunca foi tão necessário, atendendo aos desafios que se avizinham e que, juntos, temos todas as condições de ultrapassar com sucesso. Nunca foi tão crucial para a Madeira saber com o que conta e com quem conta.

E desenganem-se os que pensam que o PSD/M é passado. Curiosamente afirmaram exatamente o mesmo em 2019, ano em que perderam 3 Eleições.

Nada aprenderam desde então e mesmo depois da população ter deixado claro que contava com o PSD/M para continuar a governar os seus destinos. Pior, não só não aprenderam como ainda se assumem como novidade, mesmo que a previsibilidade, a demagogia gasta e o vazio sejam as suas principais imagens de marca.

Não, o PSD/M não é só passado. O PSD/M é passado e presente. E será, ainda mais, futuro, quando vencermos as Eleições Autárquicas de 2021, recuperando o maior número de Câmaras Municipais e Juntas de Freguesia.

Uma vitória que, reitero, só depende de nós e da nossa capacidade de união, organização e mobilização.

E é em nome dessa vitória que não podemos perder tempo. Em nome de toda uma população a quem temos o dever de continuar a servir e a obrigação de garantir mais e melhor futuro, na base de um projeto sólido e credível que não se compadece com a propaganda política que muitos usam quando, na hora da verdade, são os primeiros a estar contra a Madeira, seja aqui ou na República.

Estamos confiantes e a trabalhar para ultrapassarmos mais este desafio.

O nosso adversário está perfeitamente identificado e, não, não está dentro do nosso Partido, está fora.

Está ao serviço da República, contra nós, quando se inibe de defender a Madeira, acima dos seus interesses pessoais. Quando desculpa o desprezo e o inaceitável desrespeito institucional que o Estado demonstra, mesmo nos momentos mais difíceis em que somos deixados sozinhos à nossa sorte, tal como acontece há largos meses e em plena pandemia.

Está nos que subestimam a nossa força e apregoam mil e uma soluções que, todavia, não passam de um exercício bem montado de ilusionismo. Soluções que defendem aqui para votar contra, do lado de lá.

Está nos que, nos Municípios em que foram eleitos, defraudaram expetativas e apenas se limitam a culpar a governação regional para disfarçar a sua incompetência, em vez de se esforçarem, minimamente, por cumprir aquilo que prometeram e que os fez chegar ao poder.

Está nos que não percebem que o povo Madeirense pensa e age pela sua cabeça e valoriza quem cumpre e quem fala a verdade.

Este é o nosso adversário e é contra ele que todos são chamados a lutar.

Porque vencer em 2021, mais do que um objetivo, é um compromisso que temos a obrigação de honrar.