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Determinados funcionários do Sesaram

Através do presente, não só dirijo-me ao Conselho de Administração do Sesaram, mas também, aos utentes que recorrem diariamente ao nosso sistema de saúde, para melhor se inteirarem do atendimento dos nossos profissionais de saúde.

Recentemente, através do Portal do Sesaram, procedi ao registo de identificação da minha progenitora, a fim de melhor acompanhar o respetivo estado clínico. Ora, tal ferramenta, consoante a minha avaliação, tem-se revelado efetivamente uma mais valia, ao ponto de superar o desempenho de muitos dos nossos recursos humanos disponíveis no nosso sistema de saúde, o que é de lamentar, conforme adiante justifico.

Brevemente, a minha familiar será sujeita a uma intervenção cirúrgica, e como tal, com maior frequência tenho então realizado consulta no portal do utente, a fim de acompanhar eventuais alterações respeitantes ao respetivo processo clínico. Ora, e no âmbito da cirurgia a que será sujeita, apurei então que a referida estava sinalizada para a realização de um eletrocardiograma, agendado para as 09H00 do dia 24 do mês de setembro do corrente ano. Não obstante a minha verificação, conforme o atrás referido, fiquei sempre na espectativa que seria contactado através de chamada telefónica, para o agendamento do referido exame, o que nunca veio a acontecer. Se eventualmente não houvesse realizado pesquisa através do portal do utente, a minha familiar, não sabendo que estava sinalizada para o exame, iria faltar ao mesmo, e como tal, questiono quem iria responsabilizar-se por tal negligência.

Respeitante ao exame, acompanhei então a minha familiar ao serviço respetivo, onde ali foi atendida por um profissional de saúde (género masculino), que na altura trajava uniforme do cor verde. A minha familiar, presentemente possui 74 anos de idade, apresenta estatura forte, e notoriamente apresenta-se debilitada fisicamente, tanto que será sujeita a uma intervenção a uma hérnia discal. Para a realização do exame, e por orientação do profissional, teve então de estender-se sobre a maca, na posição decúbito dorsal, o que o fez, pese embora com dificuldade. No término do exame, e após sair da sala, lamentou-se comigo, dizendo que o profissional, assistindo à sua dificuldade para elevar-se da maca, nem uma mão lhe estendeu para ajudá-la, o que só revela falta de humanismo e consideração para com o utente. Será que de algum modo o profissional teve receio de ser infetado através da minha familiar? Mas se assim foi, como será que os outros profissionais lidam com os doentes, será que também não lhes tocam, enfim...

Referindo-me a outra matéria de facto, informo que, dias antes, a fim de melhor certificar-me do local a comparecer para outro tipo de exame, por várias vezes, estabeleci contacto telefónico com a linha telefónica do nosso Hospital Dr. Nélio Mendonça. A profissional que atendeu as várias chamadas então realizadas, após inteirar-se do assunto, transferiu a chamada para o serviço respetivo, contudo, tal revelou-se ineficaz, pois nunca consegui estabelecer diálogo com quem quer que fosse, e como tal, interrogo-me, como é possível isto acontecer, pois sempre que me desloco ao hospital, deparo-me cada vez mais com maior número de funcionários, e por isso, é incompreensível que não atendam uma chamada.

A minha progenitora, há já cerca de 2 (DOIS) anos à presente data, aguarda a PRIMEIRA consulta da especialidade de oftalmologia, por motivo de cataratas em ambas as vistas. Ora, no decurso do tempo, a situação da própria foi-se agravando, ao ponto de quase não poder ver. Tal, “obrigou-nos” a recorrer ao privado, onde ali pagou-se cerca de 4000,00 (quatro mil) euros. Como resultado direto da intervenção, a minha progenitora ficou satisfeitíssima, tal foi os bons resultados, no entanto, e por curiosidade, aguardo pacientemente que a referida seja chamada ainda para a PRIMEIRA consulta, através do SESARAM.

Recentemente, acompanhei o meu progenitor ao Hospital Dr Nélio Mendonça, a fim de realizar um exame. Enquanto aguardava, tive a oportunidade em assistir a uma repreensão verbal, por parte de uma enfermeira para com uma assistente operacional, intervenção essa infeliz, e que só demonstrou a falta de educação desta profissional, visto ter descorado a presença de terceiros, ali presentes.

Recentemente, um meu irmão, que raramente recorre ao nosso sistema de saúde, deslocou-se ao Centro de Saúde de Gaula. Nesta Unidade de Saúde, e por não verificar qualquer tipo de impedimento no livre acesso ao interior das instalações, não hesitou em ali entrar, posicionando-se frente à assistente técnica, ali presente, propositado a ser atendido. Ora, a referida profissional, que lhe pareceu estar olhando para o vazio, ao aperceber-se da presença do referido, não apresentando boa receptividade (bom dia, ao menos), imediatamente, disse-lhe: Você não pode estar aqui, não pode estar aqui, tem de estar lá fora, aguarde lá fora. Meu irmão, desanimado com tal intervenção, deslocou-se então para o exterior, onde ali aguardou a intervenção de uma enfermeira, profissional que procedeu à medição de temperatura. Neste contexto, ressalvo, não se tratou nem da funcionária Dorita, nem da funcionária Cristina.

Com o exposto, é minha especial intenção, alertar quem de direito, não só para a falta de profissionalismo, mas também, falta de educação, que vamos assistindo diariamente através de determinados profissionais, o que em nada enaltece o nosso sistema de saúde.

Termino, dirigindo uma palavra de apreço a muitos dos nossos profissionais de saúde, pois sei que existem, não sendo por isso correto somente apontar os acontecimentos atrás identificados.

Lino Sousa

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