Madeira

Madeira foi a única região com valor da renda acima da média a sofrer quebra

Funchal 'puxou' média regional, sendo um dos 35 municípios com valores m2 superiores à média nacional

Foto Arquivo/Aspress
Foto Arquivo/Aspress

"No 2º trimestre de 2020, em cinco das 25 NUTS III, o valor mediano das rendas diminuiu face ao registado no 2º trimestre de 2019, com reduções que oscilaram entre -5,4% (Região de Aveiro) e -1,1% (Médio Tejo): Do conjunto das sub-regiões com valores medianos de rendas acima do valor nacional – Área Metropolitana de Lisboa, Algarve, Área Metropolitana do Porto e Região Autónoma da Madeira –, apenas a Região Autónoma da Madeira registou uma diminuição dos valores de arrendamento face ao período homólogo (-2,6%)", escreve o INE na mais recente publicação sobre 'Estatísticas de Rendas da Habitação ao nível local", divulgada esta manhã.

Diz a autoridade estatística que "no 2º trimestre de 2020 (últimos 3 meses), o valor mediano das rendas dos 13 772 novos contratos de arrendamento de alojamentos familiares em Portugal atingiu 5,41 €/m2. Este valor representa um aumento, face ao período homólogo de 2019, de apenas +0,2%, muito abaixo da taxa de variação homóloga observada no 1º trimestre que se cifrou em 10%. No 2º trimestre de 2020, o número de novos contratos de arrendamento no país aumentou +4,8% face ao mesmo período do ano anterior (4,2% no trimestre anterior)".

Por outro lado, "pela primeira vez, desde o início da série, verificou-se um aumento do número de novos contratos de arrendamento (3,8%) do país, face ao período homólogo", o que ocorreu no 1.º semestre de 2020 (últimos 12 meses). "O valor mediano das rendas dos 74 088 novos contratos de arrendamento de alojamentos familiares em Portugal atingiu 5,47 €/m2, aumentando +9,4% face ao período homólogo. No semestre anterior essa taxa tinha sido +10,8%". E acrescenta, explicando a afirmação do início do parágrafo: "Pela primeira vez, desde o início da série (2.º semestre de 2017), verificou-se um aumento no número de novos contratos celebrados relativamente ao mesmo período do ano anterior: +3,8% (-6,4% no semestre anterior). O valor das rendas situou-se acima do valor nacional nas sub-regiões Área Metropolitana de Lisboa (8,42 €/m2), Algarve (6,54 €/m2), Região Autónoma da Madeira e Área Metropolitana do Porto (ambos com 5,98 €/m2)".

No entanto, os dados do INE apenas continuam a analisar alguns concelhos, uma vez que as transacções em cinco dos 11 concelhos da Madeira e Porto Santo não se afiguram suficientes para entrar nas contas. Assim, dos 1.134 novos contratos de arrendamento de alojamentos familiares nos últimos 12 meses na RAM, 43 foram na Calheta, 47 em Câmara de Lobos, , 769 no Funchal, 38 em Machico e 175 em Santa Cruz, totalizando 1.072 contratos. Restam apenas 62 (5,4% do total) divididos pelos restantes 6 concelhos.

Em termos do valor mediano das rendas por metro quadrado (m2) dos novos contratos nestes 12 meses, Calheta é onde se encontram os preços mais baratinhos, com 2,34 euros/m2 e o Funchal o mais caro, com 6,84 euros/m2 e o único concelho a superar a média regional, influenciando-a, inclusive, para níveis acima da tal média nacional (um dos 35 municípios do país que supera os 5,47 euros/m2. Câmara de Lobos, com 4,7 euros/m2, Machico, com 4,16 euros/m2 e Santa Cruz, com 5,46 euros/m2 (a um cêntimo de igualar a média nacional) fecham a lista.

Refira-se ainda o facto de "no 1.º semestre de 2020 (últimos 12 meses), as sub-regiões NUTS III Alentejo Litoral (-8,7%) e Ave (-1,0%) registaram uma diminuição do número de novos contratos de arrendamento, face ao período homólogo. Nas restantes sub-regiões verificou-se um aumento do número de novos contratos, destacando-se os crescimentos registados na Região de Leiria (+16,5%), Baixo Alentejo (+14,4%), Região Autónoma da Madeira (+13,3%) e Alto Alentejo (+12,8%)", diz o INE. Mas, "face ao período homólogo, no 1.º semestre de 2020 o valor mediano das rendas aumentou em 22 das 25 sub-regiões, tendo diminuído em Terras de Trás-os-Montes (-3,3%), Beira Baixa (-1,6%) e Região Autónoma da Madeira (-0,3%)", conclui.

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