Ensaios clínicos das vacinas Covid-19 preocupam Sara Cerdas
A eurodeputada madeirense quer saber o que está a ser feito pelas farmacêuticas nesta matéria
A eurodeputada madeirense Sara Cerdas quer saber como é que as farmacêuticas estão a incorporar os grupos de risco nos ensaios clínicos da vacina Covid-19, e se as pessoas que já contraíram a infecção irão precisar de ser imunizadas por vacina. As questões foram hoje colocadas no Parlamento Europeu a um conjunto de especialistas da área da saúde, tendo sido abordado ainda o ponto de situação dos ensaios clínicos realizados dentro e fora da UE.
“No caso dos testes conduzidos em países terceiros, se algum provar a sua efetividade, como será assegurada a sua introdução na UE e os padrões de qualidade nos ensaios clínicos?”, inquiriu Sara Cerdas.
A resposta surgiu pela voz de Fergus Sweeney, da Agência Europeia de Medicamentos (EMA) que referiu a existência de um número alargado de vacinas e tratamentos a serem testados na União Europeia, seguindo as regras práticas clínicas e os padrões éticos na legislação europeia e acordada internacionalmente.
Por sua vez, Sidney Wong, director-médico dos Médicos Sem Fronteiras, indicou que antes de iniciar os testes em grupos de risco, será necessário ter a vacina funcional nas pessoas saudáveis, no sentido de não colocar os mais vulneráveis em risco. Relativamente à imunidade, apenas referiu que a evidência para reinfeção, de momento, apresenta números extremamente baixos.
O Parlamento Europeu reuniu-se esta manhã, numa audição conjunta entre a Comissão da Saúde Pública, Segurança Alimentar e Ambiente (ENVI) e a Comissão da Indústria, Investigação e Energia (ITRE), para debater a nova vacina, em específico como será garantido o acesso aos cidadãos da União Europeia, os ensaios clínicos, os desafios da produção e distribuição.