Madeira

Coligação não é fusão, alerta CDS

Rui Barreto quer reconquistar Santana nas Autárquicas e aumentar influência nos restantes concelhos

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Foto DR

Os tempos são para realismo e não populismo, alertou Rui Barreto na ontem no encerramento dos trabalhos da reunião da Comissão Política Regional que decorreu numa unidade hoteleira no Funchal. Na ocasião, o líder do CDS-PP assumiu que o partido está bem nesta coligação, mas uma coligação não é uma fusão, disse, e traçou como objectivo para as eleições autárquicas de 2021 a reconquista da Câmara de Santana e o aumento da influência nas restantes. Foi também definido realizar o congresso a 28 de Novembro e limitá-lo a 200 congressistas, devido à pandemia.

O líder do CDS recordou que faz hoje um ano hoje que as eleições deram ao partido “a moderação, a sensibilidade e o arrojo para partilhar o governo com o PSD”, um ligação que não retira a identidade própria. “O CDS está bem nesta coligação mas não deixará de afirmar os seus valores e as suas convicções. A coligação não é uma fusão”, afirmou.

O governante traçou como objectivos para as próximas eleições a manutenção do CDS na liderança da Câmara de Santana - que deu como exemplo de boa governação e prova de que o CDS é “uma marca de confiança” - e o aumento da influência nos restantes concelhos.

“Quero também dizer e reafirmar que estes tempos que se avizinham são tempos para o realismo em vez do populismo e é também nestes tempos que os parasitas se alimentam das crises, que nasce o populismo mais baixo, por vezes mais reles, que se aproveita do sofrimento das pessoas, que se aproveita de circunstancias difíceis, para enganando, fantasiando se aproveitar para conquistar votos”, afirmou. E diferenciou o CDS, apresentado como um partido moderado, disponível para ouvir e que lutará pela verdade e por soluções.

As conclusões da reunião da Comissão Política Regional foram também uma oportunidade para criticar Paulo Cafôfo. “Aproveito mais uma vez para felicitá-lo, mas devo dizer que ontem [domingo] assisti a um episódio de ficção. Não apresentou uma única ideia para a Madeira. Foi de facto um oceano, mas de banalidades”.

Além de criticar este vazio, Rui Barreto encontrou no discurso do novo presidente do PS um trauma, o trauma de não ter feito coligação com o CDS, o da ‘noiva rejeitada’. “Da noiva rejeitada pelas últimas eleições regionais, de uma noiva rejeitada pelo secretário-geral do Partido Socialista, que já nem o ouve, não o considera nem vem à Região Autónoma”.

O líder do CDS acrescentou que Paulo Cafôfo perdeu a oportunidade para causar uma boa impressão e que não há segunda para o fazer.

Disse ainda que há uma grande coligação: “A grande coligação que o CDS está é com todos os madeirenses e com a Madeira”.

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