Bélgica ultrapassou hoje barreira dos 100 mil casos
A Bélgica ultrapassou hoje a barreira dos 100 mil contágios por covid-19, depois de uma clara aceleração de testes positivos nas últimas semanas, como em muitos países europeus, anunciou o instituto de saúde pública Sciensano.
Este país, de 11,5 milhões de habitantes, registou hoje 100.748 casos de covid-19 e 9.944 mortes, num contexto de aumento de testes.
A Bélgica está, com a Espanha e a Suécia em particular, no grupo líder dos Estados europeus com mais contágios.
No fim de semana tinha cerca de 8.600 casos por milhão de habitantes, em comparação com 6.800 em França, de acordo com os números compilados pela AFP.
Embora a curva de contaminação tivesse sido achatada em Junho, houve cerca de 40 mil novos casos na Bélgica durante os três meses de Verão, com um ressurgimento de casos a começar a partir do final de Julho.
Segundo dados do Sciensano, a tendência acelerou acentuadamente na primeira quinzena de Setembro, atingindo uma média de mais de 1.000 novas infecções por dia durante a semana de 09 a 15 de Setembro (para 32.255 testes realizados em média diária, ou seja, uma taxa de positividade de 3,4%).
Este número de infecções representa um salto de 77% em relação à semana anterior (cerca de 600 casos por dia), novamente de acordo com Sciensano.
Só em 14 de Setembro, foram diagnosticados 1.717 casos e é necessário voltar a meados de abril para encontrar tais números.
Um número recorde de 2.336 novos casos tinha sido registado em 10 de abril, numa altura em que a mortalidade também estava no auge.
Este ressurgimento das infecções em Setembro não foi acompanhado de uma recuperação da mortalidade porque a grande maioria dos que tiveram resultados positivos tinham menos de 60 anos de idade, explicaram os especialistas.
A curva das hospitalizações está a aumentar menos rapidamente e a das mortes permanece relativamente plana, tendo havido entre duas a cinco mortes por dia durante o mês passado.
No entanto, com quase 10 mil mortes, a Bélgica é um dos países europeus com mais óbitos resultantes da pandemia.
Desde o início, as autoridades optaram por um amplo registo, incluindo também as mortes potencialmente devidas ao vírus, sem que fosse necessariamente possível confirmá-lo através de um teste.