Como? Não há heróis?
Felizmente estão aprazados os Grandes Prémios, O JOGO e JORNAL DE NOTÍCIAS em bicicletas para Outubro, a seguir à Volta a Portugal. Venham! O ciclismo é o desporto das multidões e o mais genuinamente popular. Não se cobram bilhetes e a valentia, o espírito de sacrifício e a força são a marca maior deste (a meu ver) desporto rei.
Quem tem pernas (sem doping) é que sobe montanhas, umas atrás das outras. No caso vertente da prova rainha do ciclismo mundial - a Volta à França, os que chegam ao topo são heróis! Mas todos que alcançam Paris também o são. O nosso compatriota, Nélson Oliveira, participa pela quinta vez e alcança as cinco participações de Fernando Mendes e José Azevedo. É obra. A RTP2 tem transmitido as etapas com o brilhante, versado e competente, João Pedro Mendonça fazendo perfeita equipa com o ex-canpeoníssimo, afável e categorizado, Marco Chagas. Descrevem as etapas com momentos elevados de sabedoria ciclopédica. Por vezes, o ex- ciclista Rui Sousa foi um valor acrescentado. Felizmente houve poucos energúmenos que impediram a escalada dos ciclistas. Não se viram tantos monumentos em que a França é pródiga e nem vimos um eucalipto... João Pedro aproveita e bem para fazer descrições históricas. Sobre um relvado duma povoação lia-se: ‘Viver livre ou morrer’. Subscrevo! Saliente-se que o pecúlio amealhado na competição por cada equipa é dividido irmãmente. Bonito. Tão elevado foi hoje, 17/9, assistir a dois ciclistas da mesma equipa cortarem a meta abraçados. Inesquecível!
Votemos para que a Volta a Portugal e os Prémios JORNAL DE NOTÍCIAS e O JOGO se realizem.
A bem de muitas causas!
Vítor Colaço Santos