Sara Cerdas questiona Andrea Ammon sobre regresso às aulas em altura de pandemia
Sara Cerdas questionou, esta quarta-feira, Andrea Ammon, Directora do Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC), sobre as medidas de higiene e segurança para a transmissão da covid-19 no regresso às aulas, durante uma troca de pontos de vista no Parlamento Europeu.
Apesar do ECDC ter produzido um documento onde constam perguntas e respostas sobre o papel das comunidades escolares na transmissão do vírus, no qual recomenda o aumento do distanciamento físico, melhoria da ventilação, lavagem regular das mãos e o uso de máscaras, Sara Cerdas alerta para o facto de muitas escolas não terem condições, em termos de infraestruturas, para fazer face aos desafios que se aproximam.
A eurodeputada reconhece que a comunidade escolar está consciente para a correcta etiqueta respiratória e higienização das mãos, mas admite que “tendo em conta que uma grande parte das escolas possui limitação em termos de espaço físico, torna-se muito difícil para estas aumentarem o distanciamento físico entre os alunos”.
Também, devido às suas infraestruturas, “as escolas podem não estar preparadas para melhorar a ventilação sem comprometer o aquecimento”, reforçou.
A eurodeputada levantou duas questões sobre o papel do ECDC nesta matéria, nomeadamente de que maneira é que este organismo “está a ser envolvido na tomada de decisão por parte dos Estados-Membros nas medidas delineadas para o regresso às aulas” e “como é que os Estados-Membros podem aumentar a sua preparação para potenciais surtos em ambiente escolar”.
Sara Cerdas deixou ainda o alerta para as “teorias de conspiração” que estão a ganhar visibilidade na Europa. A madeirense questionou como é que o ECDC pretende combater esta corrente de desinformação e trabalhar de forma articulada entre as instituições para atenuar este sentimento de desconfiança para com as instituições técnico-científicas, como é o caso da OMS e do próprio ECDC.