Apoios da República não se adequam aos viticultores da Madeira
A deputada Sara Madruga da Costa lamentou hoje, numa visita à Quinta de Santo António, no Estreito de Câmara de Lobos, que os apoios nacionais para a covid-19 não se adequam às especificidades do sector na Madeira.
“Estamos a iniciar as vindimas, que têm lugar numa altura atípica, depois de sete meses de um confinamento e de uma pandemia, e nós chegamos à conclusão que se não fossem os apoios do Governo Regional, neste momento não havia apoios nenhuns para fazer face às consequências do Covid-19”, disse.
Sara Madruga da Costa sublinhou que os apoios existentes ao nível nacional para o cultivo da vinha, no âmbito das medidas relacionadas com a covid-19, “não se aplicam à realidade da Madeira e não se adequam às especificidades na nossa agricultura”.
Por isso, considera que “o Governo da República continua de costas voltadas para aquelas que são as preocupações da agricultura da Madeira”, não conseguindo “perceber” como é que, em relação ao Vinho Madeira, que tem uma grande notoriedade, que ultrapassa as fronteiras da Madeira e as nacionais, não tenham sido encontrados “mecanismos de apoio nacionais para fazer face às especificidades deste cultivo e para compensar as dificuldades que os viticultores da Madeira têm tido nesta situação de pandemia”.
Nesse sentido, esta será uma matéria que os deputados do PSD-M na Assembleia da República vão continuar a acompanhar em sede do Parlamento nacional.
A deputada salientou que, graças aos apoios do Governo Regional, é possível fazer este ano a vindima, sendo este um sector que, dentro da agricultura, tem recebido uma grande atenção do executivo madeirense.
Sara Madruga da Costa lembrou ainda que, graças a esse esforço do Governo Regional no apoio aos agricultores da Madeira, e a pedido do mesmo, foi recentemente anunciada a autorização da União Europeia para a criação de uma linha de crédito para este sector, no valor de 5 milhões de euros.