Governo brasileiro descarta vacinação obrigatória
O segundo país do mundo com mais mortes e casos de covid-19 registou 1.215 mortos e 42.659 casos nas últimas 24 horas
O Governo brasileiro salientou na terça-feira que a vacina contra o novo coronavírus não será obrigatória no segundo país do mundo com mais mortes e casos de covid-19, uma ideia que já foi defendida pelo Presidente Jair Bolsonaro.
O executivo, através do Secretariado de Comunicação, disse que "investirá na produção da vacina" contra o coronavírus, mas especificou que "impor obrigações não está definitivamente nos planos".
Através de uma mensagem nas redes sociais, a Secretaria de Comunicação (Secom) destacou uma declaração feita na véspera por Bolsonaro, que disse que "ninguém pode forçar ninguém a tomar a vacina".
O Governo brasileiro investiu vários milhões de dólares nos últimos meses para garantir a compra de 100 milhões de doses da vacina de Oxford contra o novo coronavírus e a sua eventual produção no Brasil.
Ao mesmo tempo, o governo regional de São Paulo, o estado mais rico e populoso do Brasil com 46 milhões de habitantes, assinou uma parceria com o laboratório chinês Sinovac para a importação e produção do antídoto.
Com mais de 200 milhões de habitantes, o Brasil tornou-se uma referência em ensaios clínicos contra a COVID-19, com pelo menos quatro vacinas em teste, devido ao elevado número de infecções, bem como à sua capacidade de avaliação científica, regulamentar e clínica.
O Brasil registou 1.215 mortos e 42.659 casos de infecção pelo novo coronavírus nas últimas 24 horas, momento em que a taxa de letalidade da doença está em 3,1%. De acordo com o Ministério da Saúde, o país sul-americano totaliza 122.596 óbitos e 3.950.931 infectados desde o início da pandemia, registada oficialmente no Brasil em 26 de Fevereiro.
As autoridades de saúde investigam ainda a eventual relação de 2.690 mortes com a covid-19.
A taxa de incidência da doença causada pelo novo coronavírus é de 58,3 óbitos e de 1.880,1 casos por cada 100 mil habitantes.
No país sul-americano, 3.159.096 pessoas já recuperaram da covid-19 e 669.239 estão sob acompanhamento médico.
De acordo com um consórcio formado pela imprensa brasileira, que decidiu colaborar na recolha de informações junto das secretarias de Saúde estaduais, o país registou mais 1.166 mortes e 41.889 novos infectados nas últimas 24 horas.
No total, o consórcio constituído pelos principais 'media' do Brasil indicou que o país contabiliza 3.952.790 casos e 122.681 mortos, desde o início da pandemia.
A pandemia do coronavírus que provoca a covid-19 já provocou pelo menos 851.071 mortos e infetou mais de 25,5 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.