Angola registou 75 novas infecções e mais um óbito
Angola registou, nas últimas 24 horas, mais 75 novas infecções pelo novo coronavírus, duas delas as primeiras reportadas na província do Huambo, e um óbito, somando o país 2.729 casos positivos e 109 mortes, informaram as autoridades sanitárias.
Segundo o secretário de Estado para a Saúde Pública angolano, Franco Mufinda, morreu nas últimas 24 horas um cidadão, de 65 anos, da província de Luanda, tendo sido dado como recuperados 13 doentes.
Dos casos notificados, 52 do sexo masculino e 23 do sexo feminino, 14 foram registados na província do Zaire, dois no Huambo, oito em Cabinda e 51 em Luanda, capital do país,
Com a entrada da província do Huambo para as estatísticas, o país fica apenas com as províncias do Cuando Cubango e do Namibe sem casos da pandemia de covid-19.
O país tem por agora 1.084 doentes considerados recuperados e 1.536 ativos, dos quais uma pessoa que se encontra em estado crítico, sob ventilação mecânica invasiva, 23 graves, 36 moderados, 48 leves e 1.428 assintomáticos.
O laboratório, nas últimas 24 horas, processou 465 amostras, das quais 75 positivas, pelo que até à data há o cumulativo de 57.500 amostras processadas por RT-PCR.
Franco Mufinda referiu que a testagem em massa aos taxistas de Luanda prossegue quarta-feira, nos municípios de Cacuaco e Viana.
O governante angolano realçou que o país se encontra numa fase crescente de casos, tendo agosto, que agora terminou, sido até agora o mês que mais casos e óbitos registou.
De acordo com Franco Mufinda, em agosto foram registados mais da metade de casos desde o início da pandemia no país, em março, com 1.506 casos infeções notificadas.
"Agosto teve 56 óbitos, mas também foi nesse mês onde se recuperou mais de metade das pessoas, com 631 curadas", frisou o governante angolano, destacando que os dados de agosto "vislumbram o que vem aí à frente".
"Na última semana de agosto podemos observar que conseguimos ter uma média diária de 65 casos e os óbitos eram dois em média por dia, mas também os recuperados eram 35, ou seja, quase que a metade dos casos ou até um pouco acima, em média, eram recuperados", reforçou.
O secretário de Estado para a Saúde Pública angolano apelou às pessoas para não desvalorizarem os sinais e sintomas, que, em Angola, podem cruzar com outras doenças infecciosas, nomeadamente a malária e outras, cujos sintomas são a dor de cabeça, tosse, dificuldades respiratórias, dores nas articulações e a perda de paladar e olfato.
Franco Mufinda disse que 69% das pessoas que estão a ser acompanhadas em Angola não apresentam sintomas nenhuns, 7% de pessoas infetadas apresentam dor de cabeça, que é comum encontrar em outras doenças, e cinco em cada 100 pessoas com covid-19 têm tosse, 4% têm dificuldades respiratórias, três em cada 100 têm febre e 97 não têm febre.
"O nosso chamamento é no sentido de, tendo febre, dor de cabeça ou outros sintomas, o conselho é procurar a unidade de saúde mais próxima, para poder começar a dar início ao processo de diagnóstico", referiu.
A pandemia do novo coronavírus que provoca a covid-19 já provocou pelo menos 851.071 e infetou mais de 25,5 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.