Rui Pinto, um espião ao serviço da verdade
Ele pode ter chegado por meios ilegais a denunciar e criar os tão famosos Football Leaks e Luanda Leaks, mas sem as informações repassadas pelo mesmo poderíamos estar sendo enganados, lesados, furtados por ladrões bem vestidos, sorrindo com seus dentes postiços e comendo e bebendo às nossas expensas.
Não é possível que a classe jurídica fará vistas grossas ao que ocorreu nestes dois segmentos apontados pelo mesmo.
Não é possível que dormiremos em paz sabendo que do nosso amado futebol até os nossos poucos recursos depositados em bancos são tirados de nós de forma tão descarada e maliciosa.
Que ele seja reconhecido por sua façanha de descobrir o que os incautos e servis cidadãos não enxergam. Que ele seja como um dos mais famosos falsificadores de cheques, fraudadores norte-americanos e impostor, Frank William Abagnale, Jr., que, entre os 15 e os 21 anos passou por 26 países aplicando golpes e virou personagem do filme “Apanha-me se puderes”.
Como Frank se tornou um dos mais brilhantes especialistas em falsificações do mundo, que Rui Pinto preste seus serviços a bem do mundo, desmontando estas quadrilhas internacionais, estes corruptos mundo afora e estes enganadores da boa-fé.
Que ele desmascare com sua especialidade os falsos pastores, padres e as redes de pornografia infantil; as máfias do sistema de saúde e os laboratórios farmacêuticos que compram médicos com seus produtos cada vez mais caros; que lance ao fundo do abismo os banqueiros que surrupiam o dinheiro suado dos trabalhadores e que os políticos possam pagar pelo suborno que aceitam.
Não podemos compactuar com o que Rui Pinto fez, mas não podemos tapar os olhos para o que ele nos mostrou.
Gregório José