Madeira

Há 20 anos, PSD-M era hipótese para viabilizar orçamento de Guterres

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Na inauguração do Aeroporto Internacional da Madeira, a 15 de Setembro, o Presidente da República, Jorge Sampaio, tinha defendido entendimentos para a aprovação do Orçamento de Estado de 2001, evitando a convocação de eleições legislativas nacionais antecipadas.

Uma referência num discurso sobre o aeroporto que surpreendeu, mas que, poucos dias depois, o DIÁRIO explicava. Sampaio tinha levantado a hipótese de serem os deputados do PSD-Madeira a Assembleia da República a viabilizarem o OE2001.

António Guterres tinha conseguido completar uma legislatura (1995-1999) com um governo (XIII Governo Constitucional) de minoria. Depois das eleições de Outubro de 1999, o parlamento estava dividido, com 115 deputados do PS - falhou a maioria absoluta por um mandato - e 115 deputados da oposição. O empate inviabilizava a aprovação de um orçamento e poderia obrigar a eleições antecipadas.

Para a proposta do governo de António Guterres passar, bastaria a abstenção dos deputados da Madeira.

Não seria essa a solução. O PS iria negociar medidas para o concelho de Ponte de Lima e o deputado do CDS, Daniel Campelo, ao abster-se, contrariando o sentido de voto do seu partido, iria garantir a aprovação. Os dois orçamentos aprovados desta forma ficariam conhecidos como 'orçamentos do queijo limiano', uma vez que uma das promessas era a manutenção de uma fábrica de queijos em Ponte de Lima.

Descarregue aqui a edição completa de 18 de Setembro de 2000:

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