Fundos para o ensino superior têm de abranger a Madeira
A necessidade de os fundos para o ensino superior abrangerem a Universidade da Madeira, para que possa prosseguir a investigação, foi um dos temas abordados na mesa redonda realizada esta manhã pelo Grupo Parlamentar do PS e que reuniu coordenadores dos centros de investigação da Academia madeirense.
A questão foi levantada por João Prudente, do Centro de Investigação em Desporto, Saúde e Desenvolvimento Humano. “Não pode continuar a haver fundos europeus canalizados para o ensino superior que não abranjam a Madeira e os Açores”, afirmou, acrescentando, contudo, que isso não impede também que a Região tenha contratos-programa com a UMa.
“Temos de ter capacidade de dar resposta. Precisamos de contratar bolseiros, investigadores, adquirir mais equipamentos e ter mais espaço”, sustentou o responsável, frisando que este centro de investigação pode dar um contributo forte para a Região em diversas áreas, entre as quais o turismo, mas também junto das camadas mais jovens e dos idosos. “Olhem para nós como uma possibilidade de desenvolver actividade científica que vai ter um retorno económico e social para a Região muito maior do que aquele que já tem”, apelou.
Por seu turno, Cristina Trindade, do Polo do Centro de Literaturas e Culturas Lusófonas e Europeias da Universidade de Lisboa (CLEPUL) também deu conta que “o dinheiro não chega cá”, enquanto o CLEPUL central é financiado. “Não conseguimos publicar nada, a não ser que alguém esteja na disposição de nos financiar”, alertou a investigadora.
Cristina Trindade referiu que uma das preocupações do Centro é a preservação da identidade regional. “Revelar a Madeira aos madeirenses é um intuito nosso. Queremos contribuir para a criação de um conhecimento da ilha pelos próprios insulares”, rematou.