Madeira

É preciso valorizar a investigação na Madeira

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 António Brehm, do Laboratório de Genética Humana, destacou, esta manhã, que a Região necessita de ter um “bom laboratório de genética molecular”, de forma a primar pela inovação e progresso, naquele que poderá ser “o futuro brilhante” da investigação em saúde da Madeira.

Brehm foi um dos intervenientes do encontro organizado pelo Grupo Parlamentar do PS-M com os coordenadores dos centros de investigação da Universidade da Madeira, tendo destacado que a ideia de se fazer um grande centro de genética molecular, na Região, “não necessita assim de tanto dinheiro”, mas é preciso mudar mentalidades quanto à importância que a investigação tem na Madeira. Deu exemplos actuais de uma política desactualizada, ao referir que “os nossos equipamentos estão no fim de vida”, mas “nunca há dinheiro para adquirir novos”, ou a recorrente falta de investigadores.

“Não há ninguém no país a fazer o que fazemos com aqueles equipamentos”, frisou António Brehm, dando conta do importante papel que o centro tem na Região.

Por fim, defendeu uma fusão entre o SESARAM e a Universidade, com a criação de um laboratório conjunto capaz de dar resposta a todas as lacunas da genética humana existentes na Região.

Já Eduardo Fermé, da Madeira N-Lincs, polo do Nova Laboratory for Computer Science and Informatics (NOVA LINCS), defendeu que “a Madeira deve se converter num polo informático”, sublinhado que a Região tem todas as condições necessárias para que tal aconteça.

Segundo o investigador, o polo informático precisa de uma política de captação de empresas tecnológicas que transmita segurança e possibilite o crescimento das mesmas, com “políticas de longo prazo”. Sublinhado mesmo que esta é “uma indústria que cria toda uma panóplia de empregos e que é sustentável”.

Dessa forma, Eduardo Fermé acredita que esta ideia seria “uma forma de manter os jovens da Região, de os fixar”, dando o exemplo do número de alunos que entra na licenciatura de informática da UMa, cerca de 75, que ao terminar o curso, por vezes, não consegue ter uma oportunidade na Região.

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