Li a carta do leitor escrita por Mário da Silva Jesus (14/9/2020). Também eu, por engano, cliquei na RTP e deparei-me com essa horrível transmissão. Fiquei indignada e fui protestar. Procurei no facebook, “a Plataforma Basta de Touradas”. Eles já tinham uma mensagem escrita para quem quisesse enviar à RTP; era só assinar e enviar. Quando a enviei, já mais de 2000 pessoas haviam protestado. A Plataforma tinha ainda o correio electrónico da RTP, para quem quisesse deixar uma mensagem. Eu deixei-a. Penso que, quem quiser, ainda pode fazê-lo. Também tenho publicado no meu mural do facebook.

Concordo consigo quando diz que este canal é suportado com os impostos de todos os portugueses! E mais, segundo sondagens feitas, a maioria do povo português não gosta de touradas! No entanto, estas são-nos impostas por uma minoria, que por determinados interesses, as quer manter.

Também concordo consigo, quando refere que na actual situação, certos espectáculos não podem ter público a assistir( caso do futebol), mas a este permite-se!!! Há dois pesos e duas medidas, como se vê!

Não concordo é quando refere “gostos,cores e opiniões não há discussões e cada um defende a sua dama”. Aqui não se trata de gostar de” louras ou morenas, altas ou baixas”, gostar de futebol ou de teatro.

É bem mais do que isso! É um caso de mau trato animal. E se é punido por lei, aquele que maltrata um cão ou gato, porque se permitem espectáculos de tortura a touros e cavalos? Será que estes não são animais,não sofrem como os demais?

Além disso, espectáculos destes desenvolvem em mentes menos saudáveis, a crença, de que está certo o maltrato a vítimas que não têm como defender-se:animais, idosos,crianças.

Como já o dizia Lamartine, poeta escritor e político(1790-1869) “Entre a brutalidade para com o animal e a crueldade para o homem, só há uma diferença: a vítima”.

Estudos feitos por investigadores chegaram à conclusão, de que os psicopatas podem desenvolver ou não as suas “capacidades” (caso encontrem ou não terreno fértil) e que, estes começam treinando primeiro em animais, passando depois a pessoas.

Cabe a um Estado de Direito, a Governantes Responsáveis e a Políticos Conscientes,não permitirem o tal “terreno fértil ao desenvolvimento de psicopatas”!

Lucília Ferreira