PSD a favor de medidas que "minimizem a insegurança" no Funchal
Os representantes do PSD foram hoje ouvidos na Câmara Municipal do Funchal a propósito da crescente insegurança que se vive na cidade. Em comunicado, os social-democratas reconhecem a validade do combate à criminalidade e ao vandalismo crescente e afirmam-se disponíveis para trabalhar em conjunto com a autarquia, mas são taxativos ao afirmar que tal estratégia deve ser “pensada e delineada na origem". O partido lamenta que o problema agravou-se "pela incúria e pela falta de investimento, por parte do Executivo, na revitalização da cidade”.
Não faz sentido, sublinham, “que se faça bandeira do combate a um problema que está interligado, direta e indiretamente, a várias situações que foram ignoradas pela autarquia, nestes últimos anos, nomeadamente no respeitante aos apoios que poderiam ter sido dados e não foram às famílias e aos comerciantes – particularmente neste período de pandemia – e, bem assim, à requalificação de uma cidade que se encontra votada ao abandono e que incentiva, nalguns casos, o vandalismo”.
Ou seja, reforçam, “o problema existe e tem de ser atacado, mas de forma integrada e através de soluções inovadoras que, simultaneamente, combatam a exclusão social e garantam a maior segurança na cidade, ultrapassadas que sejam as questões ora agravadas dos negócios a fechar por falta de apoio e do consequente desemprego que daqui advém”.
Assumidamente "a favor de medidas que minimizem a insegurança e devolvam, ao Funchal, a paz e a estabilidade social que, em tempos idos, lhe eram reconhecidas", os social-democratas defendem que o Executivo programe, assim, um conjunto de acções que não se fiquem “pela famigerada implementação da Polícia Municipal, cujas competências são exímias neste caso e representa um investimento anual de cerca de 2 milhões de euros, investimento esse que não nos parece compatível com a actual conjuntura que o Município atravessa”, vincam.
“O PSD está e esteve sempre disponível para trabalhar conjuntamente nesta área, mas não irá pactuar com soluções que abordem o problema pela rama e não traduzam, efectivamente, o que é melhor para os Munícipes”, rematam