Madeira

Ninguém pega numa engenhoca que custou meio milhão de euros na Madeira

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Mesmo com um preço de saldo, ninguém quer comprar o equipamento agroindustrial da empresa insolvente ‘Data Solta’, que custou cerca de meio milhão de euros em fundos da União Europeia e do Orçamento Regional e que agora está arrumado num armazém na zona da Cruz Vermelha, no Funchal. A engenhoca, cujos criadores prometiam vir a revolucionar a produção agrícola em Portugal e na Madeira, foi colocada em hasta pública pelo valor mínimo de quase 11 mil euros. O prazo terminou ontem à tarde e não foi feita nenhuma proposta.

Recorde-se que este projecto foi originalmente apresentado em Coimbra em 2013 com a denominação ‘Coolfarm’. Quando já apresentava dificuldades de concretização no continente, foi replicado na Madeira em 2017 pelo empreendedor continental Ricardo Vicente, que conseguiu convencer a Startup Madeira e a ARDITI a dar-lhe pareceres favoráveis e o Instituto de Desenvolvimento Empresarial (IDE) a aprovar-lhe o projecto. Acabou por receber 446 mil euros de fundos da União Europeia e do Orçamento Regional. A empresa veio a ser declarada insolvente em 2019. A A engenhoca nunca chegou a ser montada e os seus componentes (calhas e painéis metálicos, tubos de plástico e um sistema de refrigeração e outro de ar condicionado) estão amontoados num armazém da capital madeirense.

Face ao resultado nulo da hasta pública, o mais provável é que o administrador judicial Elmano Relva Vaz venha a iniciar um procedimento de negociação de venda directa.

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