FIFA estima perdas de 12 mil milhões de euros e tem plano de apoio a federações
A FIFA estima perdas de 14 mil milhões de dólares (cerca de 11,7 mil milhões de euros) no futebol mundial e revelou que 150 das 211 federações membros pediram ajuda financeira no plano de apoio Covid-19.
A FIFA dotou o plano de apoio à covid-19, liderado pelo finlandês Olli Rehn, em 1,5 mil milhões de dólares (cerca de 1,2 mil milhões de euros), destinados a empréstimos e subsídios, num programa que entra numa terceira fase.
De acordo com a FIFA, está prevista a entrega de um milhão de dólares (cerca de 850 mil euros) para as federações, a que acresce 500.000 dólares (cerca de 420 mil euros) para o futebol feminino, e dois milhões (cerca de 1,6 milhões de euros) para as diferentes Confederações.
Rehn explicou que, segundo os especialistas, o futebol tinha, entre federações e clubes, antes da pandemia um valor aproximado para 2020 de 46 mil milhões de dólares (cerca de 38,7 mil milhões de euros).
"A FIFA reagiu para minimizar o efeito dramático da pandemia no futebol e na sua economia. Esta é uma posição financeira forte e toda a instituição está comprometida a isso", adiantou o responsável do organismo do futebol mundial.
O dirigente diz que o plano depende da evolução do cenário em que todos se encontram devido à pandemia, mas que, para já, todas as federações têm à sua disposição o subsídio de solidariedade, a pagar entre Julho deste ano e Janeiro de 2021, acrescido dos 500.000 dólares (420 mil euros) para o sector feminino.
No auxílio estão previstos empréstimos, sem juros, até 35% dos orçamentos federativos, anualmente auditados, e apresentados na FIFA antes de 01 de Março de 2020, em valores que não podem ultrapassar os cinco milhões de dólares (cerca 4,2 milhões de euros).
"Os clubes e federações membros na Europa foram os mais afectados [com a suspensão das competições], mas em termos específicos sofreram mais na América do Sul", considerou o finlandês.
O plano de apoio da FIFA requer que todos os fundos se destinem a actividades para o reinício das competições, entre as quais protocolos existentes, participação das selecções em competições, contratação de pessoal, manutenção de infraestruturas e apoio a gastos administrativos e operacionais.
A pandemia do novo coronavírus já causou a morte a mais de 936 mil pessoas e infectou mais de 29,6 milhões em todo o mundo desde Dezembro, segundo um balanço da agência AFP baseado em dados oficiais.
Agência Lusa , 16 Setembro 2020 - 14:39
As medidas para combater a pandemia paralisaram sectores inteiros da economia mundial e levaram o Fundo monetário Internacional (FMI) a fazer previsões sem precedentes nos seus quase 75 anos: a economia mundial poderá cair 4,9% em 2020, arrastada por uma contracção de 8% nos Estados Unidos, de 10,2% na zona euro e de 5,8% no Japão.