Madeira

Albuquerque acusa Câmara do Funchal por faltar água no regadio

Presidente do Governo não reconhece credibilidade aos agricultores conotados com “organização política”

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O presidente do Governo Regional culpa a Câmara do Funchal e desvaloriza as queixas da organização de agricultores pela falta de água de regadio.

Confrontado com as queixas dos agricultores, conforme o DIÁRIO dá conta na edição impressa hoje, Miguel Albuquerque reconheceu o problema, mas responsabilizou a autarquia socialista do Funchal pela escassez de água.

“Temos um problema, por isso é que estamos a fazer investimentos de milhões de euros há bastante tempo, no sentido de reforçar os canais de rega e melhorar o abastecimento de rega”. Acresce o “ano anormal do ponto de vista da pluviosidade” com chuva “reduzidíssima, cerca de metade da dos anos anteriores” o que “trouxe de facto problemas”, justificou.

Depois saiu em defesa da ARM para e elogiar “o esforço” em “canalizar parte da água de rega para o abastecimento público”, para de imediato alegar que este problema fica sobretudo a dever-se “a cidades que neste momento, apesar da propaganda, tem perdas monumentais”. Estava dado ‘o toque de caixa” para responsabilizar a Câmara do Funchal por “há anos que não investe em novas redes”, acusou. O resultado, disse, “são as perdas substanciais” que muito contribuem para que a ARM tenha de “racionalizar este bem precioso” e ser obrigada a fazer opção entre o abastecimento público ou o regadio.

“Estamos a fazer investimentos muito elevados para melhorar a capacidade de resposta e, por outro lado, esperamos que as câmaras municipais, designadamente a Câmara do Funchal, comece a fazer investimento no sentido de melhorar a sua reda de abastecimento que continua a ter perdas impensáveis”, concretizou.

Já em relação aos agricultores que denunciam que não há falta de água, mas sim, falta de planeamento, Albuquerque respondeu: “Uma dessas organizações não tem credibilidade nenhuma para nós por que é uma organização política que está imbuída de fins políticos e portanto, para nós, eles podem dizer o que quiserem que nós mantemos o nosso rumo”, afirmou.

Concretizou depois que é a mesma “organização que quer acabar com a GESBA para depois meter a banana no mercado e pagar o preço como pagavam antigamente que nem pesavam a banana que compravam aos agricultores e ficam a dever dinheiro aos agricultores. Querem introduzir a disfuncionalidade do mercado para meia dúzia ganharem dinheiro à custa dos agricultores”, concluiu.

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