Coronavírus Madeira

Escolas representam sempre “um grau de risco elevado”

Presidente do Governo reconhece ser “difícil de controlar” o distanciamento nos exteriores das escolas

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Apesar de todas as medidas em vigor nas escolas da Região, o presidente do Governo Regional reconhece que “há sempre um grau de risco elevado”. Sobretudo nas grandes escolas onde o distanciamento à entrada e saída dos estabelecimentos de ensino é difícil ou mesmo impossível de ser cumprido. Mesmo o desfasamento de horários para minimizar o risco.

Depois de já esta manhã ter testemunhado a habitual azáfama de alunos e encarregados de educação junto à Escola Dr. Horácio Bento de Gouveia, horas depois, durante a visita à Escola Básica do 1.º Ciclo com Pré Eng.º Luís Santos Costa, em Machico, admitiu constrangimentos no cumprimento das medidas sanitárias.

“Acho que a nível interno das escolas – professores e funcionários – estão conscientes do imperativo que é cumprirmos as normas de higiene e distanciamento social, no sentido de evitar os problemas. E também os próprios encarregados de educação têm cumprido”, complementou.

Lembrou depois que “é muita gente. São 42 mil alunos, mais cerca de 10 mil funcionários e professores, mas se toda a gente cumprir as regras de distanciamento e as normas de higiene e de circulação dentro das escolas, eu acho que vai correr bem”. Contudo “há sempre um grau de risco elevado. Por que é uma concentração. Não deixa de ser uma concentração”, afirmou. “Há situações mais difíceis de controlar que é a entrada e saída das escolas”, acrescentou. Mesmo com o desfasamento de horários para evitar que todos se cruzem ao mesmo tempo “continua a ser um risco”, disse.

Expectante com este arranque do ano escolar, que só na próxima semana, estará em pleno, assegurou que as escolas estão a cumprir as regras de distanciamento nas salas de aula, neste que “vai ser um ano atípico. Isto não é fácil”, admitiu. Mas também ressalvou a importância das aulas presenciais, por reconhecer que tal é “muito importante para os alunos”.

Aproveitou para “louvar o esforço que foi feito” de todos os envolvidos “na reorganização do sistema”, ao reconhecer que tal não seria possível fazer só com a Secretaria da Educação ou com o presidente do Governo.

Depois de ontem ter revelado que a Região já gastou quase 11 milhões de euros à conta da pandemia, Albuquerque contornou a questão se tinha estimativa de quanto e por quanto tempo a Região poderá vir a gastar, garantindo apenas que a medida “pioneira” de controlar os passageiros quem entram na Região é para continuar, custe o que custar.

“Vamos continuar a fazê-lo, mas temos de ter dinheiro para fazê-lo. Até o surto pandémico estar controlado ou até encontrarem uma vacina, não temos outra solução. É a única forma de controlarmos a pandemia é controlarmos as entradas na Região. É a nossa defesa”, justificou.

Presidente do Governo que já hoje enviou carta a agradecer as diligências feitas pelo Embaixador do Reino Unido em Portugal por reconhecer que “teve um papel muito importante” na decisão de manter ‘livre’ o corredor aéreo para a Região.

Reforçou que esta decisão de Londres é acima de tudo “uma questão de justiça. Inicialmente estávamos a ser prejudicados por uma situação a nível nacional. Eu lamento que o país tenha saído novamente do corredor [aéreo], mas a Madeira é de toda a justiça que não esteja inserida, uma vez que não temos aqui surtos pandémicos e temos a situação controlada. E isso é bom”, sublinhou.

Já em relação ao conjunto de medidas ontem aprovadas em Conselho de Ministro a serem aplicadas a partir de 15 de Setembro, dia em que Portugal Continental vai entrar em situação de contingência para fazer face à pandemia de covid-19, reiterou que não serão aplicadas também na Região com a justificação que “a situação não é semelhante”.

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