Menino que conquistou voluntária madeirense na Guiné faz surpresa em vídeo
Na rubrica ‘Final Feliz’ da edição impressa do DIÁRIO desta sexta-feira, 11 de Setembro, damos-lhe a conhecer a história de Carolina Paixão, uma jovem madeirense, de 22 anos, que participou numa missão solidária na ilha de Soga, na Guiné-Bissau, em 2018. No seu percurso conheceu o ‘Neves’, um menino de 11 anos que nunca tinha ido à escola e resolveu ‘apadrinhá-lo’ para que este pudesse estudar. No seu aniversário recebeu uma mensagem muito especial
Diário de Notícias Madeira | Homepage
Diário de Notícias | Homepage
Desde a sua fundação, em 2015, a Associação S.O.G.A. já ajudou a construir latrinas, um jardim-de-infância e um centro de saúde e dotou a ilha homónima de um barco-ambulância. Na área da Educação, a Associação tem o projecto ‘afilhados na ilha’, que são crianças cujos estudos são pagos por pessoas que estão em Portugal e se disponibilizam para ajudá-los (os chamados ‘padrinhos’).
A ONGD (Organização Não-Governamental para o Desenvolvimento) já permitiu a mais de 75 crianças e jovens estudar. É o caso de ‘Neves’, que foi apadrinhado pela jovem voluntária madeirense Carolina Paixão.
“Ele tem dois nomes – Neves é como toda a gente da ilha o chama – e tem uma história muito curiosa. Tem 11 anos e nunca tinha ido à escola, apesar de até não passar muitas dificuldades. O que é que se passou? A mãe dele ficou doente e lá na ilha não há médicos, só há dois enfermeiros e perante uma ida ao centro de saúde há duas opções: ou é malária e eles fazem o teste e facilmente conseguem tratar ou então dão um antibiótico a ver se passa. Se não passar, então têm de sair da ilha e foi o que aconteceu com a mãe deste rapaz, que teve de ir para a Guiné-Bissau. Nós estivemos lá em Agosto e ela já tinha ido há três meses e nunca regressou. Eles não têm telemóveis, não têm formas de comunicação e ela nunca voltou. Ou seja, o miúdo estava órfão na ilha à conta dos vizinhos e de uma tia por causa de uma mãe que foi cuidar da sua saúde e nunca mais voltou. Aquilo gerou em mim compaixão, ainda por cima quando ele me disse que nunca tinha ido à escola eu disse logo: ‘não, é este que eu vou ajudar”.
No ano passado, na Páscoa, houve uma nova missão à ilha de Soga, mas Carolina não pode participar, porque estava em exames da faculdade. A missão coincidiu com data do seu aniversário e, sem esperar, Carolina recebeu uma mensagem de parabéns do seu afilhado. Veja o vídeo:
Veja também mais fotos desta missão humanitária: