Madeira

Setembro 'oferece' até 10 mil euros na aquisição de viatura eléctrica

Campanha de descontos dos concessionários é cumulativa ao apoio do Governo Regional

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Nos últimos quatro meses, ou seja, em plena pandemia, foram vendidos/adquiridos na Região perto de centena e meia de veículos eléctricos no âmbito da promoção da mobilidade eléctrica levada a cabo pelo Governo Regional com o Programa de incentivos à Mobilidade Eléctrica na RAM - PRIME-RAM. O programa em vigor até final do presente ano, tem ainda disponível meio milhão de euros para atribuir como apoio à aquisição – 5 mil euros para particulares e até 3.500 euros para empresas - de veículos 100% eléctricos e veículos híbridos plug-in.

Esta tarde, na apresentação pública de lançamento da Campanha de Aquisição de Veículos Eléctricos na RAM, a directora regional de Economia e Transportes Terrestres, Isabel Rodrigues, destacou o “forte empenho” do Governo Regional na mobilidade sustentável, dando conta que o projecto iniciado em Agosto de 2019 no Porto Santo, foi este ano alargado à ilha da Madeira, onde vigora desde o dia 16 de Abril. Mesmo com os “constrangimentos” criados pela pandemia da Covid-19, “em quatro meses são já 147 viaturas adquiridas através do PRIME- RAM”, ou seja, beneficiaram de “cerca de 50 % do montante disponível”, assinalou.

“Dados extremamente positivos” que deixam Isabel Rodrigues convencida que até final do ano muitos outros vão aproveitar o ainda meio milhão de euros disponíveis ao abrigo do Programa de incentivos do Governo Regional, este mês reforçado - apoios são cumulativos - com a nova campanha agora apresentada, iniciativa é fruto de uma parceria com a AREAM - Agência Regional da Energia e Ambiente da Região Autónoma da Madeira, no âmbito do projecto Europeu Civitas Destinations, co-financiado pelo Programa Horizonte2020.

Na prática quem se candidatar aos apoios no âmbito das campanhas em vigor, poderá beneficiar até 10 mil euros, segundo Alfredo Mendonça, porta-voz dos concessionários automóveis da Região aderentes.

“Ao desconto do Governo de 5 mil euros acresce, em média, entre 3.500 e os 5.000 euros dado pelos concessionários e pelas marcas. Portanto estamos a falar num apoio na ordem até 10 mil euros, na maior parte dos casos”, elucida.

Reforça por isso que “com este apoio vale a pena na escolha de um automóvel optar por uma destas opções (eléctrico ou híbrido plug-in)”.

Motivos para a directora regional “felicitar” a AREAM pela iniciativa e elogiar o “forte empenho” dos concessionários para “incentivar e estimular” a aquisição de veículos eléctricos.

Confiante que surgiram mais candidaturas a aproveitar os incentivos, Isabel Rodrigues fez também questão de vincar que “somos a região do país que dá maior incentivo à aquisição de viaturas eléctricas” o que “demonstra o forte empenho [do Governo Regional]”, concretizou.

Sobre a campanha a decorrer neste mês de Setembro, Filipe Oliveira, da AREAM, esclareceu que o mesmo visa informar e sensibilizar para a importância estratégica da mobilidade eléctrica para o desenvolvimento sustentável da Região, apoiando na dinamização do sector na Madeira e Porto Santo.

Associada a esta os concessionários e marcas estão também a oferecer condições (ainda) mais vantajosas na aquisição dos veículos eléctricos, uma vez que “o apoio [do Governo Regional] ainda disponível é cumulativo com esta campanha”, destacou.

O dirigente admite que a principal vantagem desta campanha para o consumidor reside na “promoção do preço de venda ao público, assumida pelos concessionários e respectivas marcas”, mas há outras vantagens. Destacou o consumo que é “cerca de cinco vezes mais baixo no custo da energia” e o “muito mais baixo” nível de poluição.

Questionado sobre a quota que os eléctricos representam actualmente no parque automóvel regional, Filipe Oliveira não revelou o rácio mas admitiu que “ainda é um número relativamente reduzido”. Contudo, fez notar que o mercado dos eléctricos tem vindo “a

crescer muito”, ao ponto de estar convicto que “dentro de poucos anos serão mais os eléctricos novos vendidos do que veículos a gasóleo ou gasolina”, apontou.

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