Nebulosidade impede meios aéreos no fogo de Lindoso ainda por dominar
Foi no combate às chamas em Lindoso que, no sábado, morreu um piloto português
Mais de 150 operacionais combatem esta manhã o incêndio que deflagrou na madrugada de sábado em Lindoso, Ponte da Barca, que não conta com a ajuda dos meios aéreos por causa da nebulosidade, segundo fonte da Protecção Civil.
"O incêndio desenvolve-se numa zona só acessível a equipas apeadas, onde há grande dificuldade devido à inclinação do terreno e a 800 metros de altitude. É muito difícil. Não estão meios aéreos pois não existem condições meteorológicas", explicou em declarações à Lusa o comandante operacional de serviço na sede da Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil (ANEPC), Paulo Santos.
No entanto, assim que as condições meteorológicas o permitam, os meios aéreos serão accionados para se juntarem ao combate às chamas.
O responsável acrescentou que, do lado espanhol, o combate ao fogo está também a ser feito apenas com equipas apeadas.
O combate ao incêndio que atinge Portugal e Espanha estava pelas 10h05 a ser feito por 156 operacionais, apoiados por 48 veículos terrestres.
A maior preocupação neste incêndio, em zona remota, é o impacto ambiental porque está a atingir o Parque Nacional da Peneda Gerês.
"Queremos minimizar os riscos ambientais ao máximo", afirmou a mesma fonte.
Quanto à área devastada pelas chamas em Lindoso, no distrito de Viana do Castelo, o comandante da protecção civil diz que, comparado com outros incêndios no país, "não tem muita extensão".
Foi no combate às chamas em Lindoso que, no sábado, um piloto português morreu e um piloto espanhol ficou gravemente ferido quando o avião Canadair português em que seguiam se despenhou em território espanhol, a cerca de dois quilómetros da fronteira.
Agência Lusa, 08 Agosto 2020 - 15:26
O Ministério da Administração Interna determinou à Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) a abertura de um inquérito ao incêndio, que deflagrou no Parque Nacional da Peneda-Gerês, disse à agência Lusa fonte oficial.
Devido ao facto de o acidente com o avião ter acontecido em território de Espanha, fonte do Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF) explicou à Lusa que são as autoridades espanholas que têm a responsabilidade e a competência para desenvolver a investigação.