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Porto de Beirute ficou com cratera com 43 metros de profundidade

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Foto AFP

A explosão no porto de Beirute criou uma cratera com 43 metros de profundidade, revelou hoje fonte da segurança libanesa, citando avaliações feitas por especialistas franceses em pirotecnia enviados para o local.

A explosão "causou uma cratera de 43 metros de profundidade", revelou a fonte, citada pela AFP.

A explosão de terça-feira, que provocou mais de 150 mortos, 6 mil feridos e dezenas de desaparecidos, aconteceu num armazém onde, segundo o primeiro-ministro libanês, Hassan Diab, estavam 2.750 toneladas de nitrato de amónio armazenadas durante seis anos "sem medidas cautelares".

Perto de 160 mortos e mais de 6 mil feridos em Beirute

Milhares estão hoje concentrados no centro de Beirute para pedir contas às autoridades sobre as explosões; manifestação resultou em confrontos

Agência Lusa, 08 Agosto 2020 - 16:50

França ofereceu apoio logístico ao Líbano, incluindo para a investigação à explosão, e enviou forças de segurança, equipas de busca e ajuda médica.

O American Institute of Geophysics (USGS), com sede na Virgínia, revelou ter registado a explosão como um terramoto 3,3 na escala Richter.

No sábado, milhares de manifestantes libaneses revoltados com a classe política, acusada de corrupção, incompetência e negligência após a explosão, marcharam pelo centro de Beirute e invadiram os ministérios dos Negócios Estrangeiros e da Energia.

Acabaram por ser retirados pelo exército.

Guilhotinas em madeira foram instaladas na praça dos Mártires em Beirute, epicentro da contestação iniciada em Outubro de 2019, e muitos manifestantes gritaram "vingança, vingança, até à queda do regime".

Segundo a Cruz Vermelha libanesa, 130 pessoas ficaram feridas nos confrontos entre a polícia e os manifestantes, 28 das quais tiveram de ser transportadas para o hospital.

Hoje, realiza-se uma videoconferência de doadores para o Líbano, coorganizada pelas Nações Unidas e pela França.

Ainda no final da tarde de sábado, num discurso difundido pela televisão, o primeiro-ministro libanês, Hassan Diab, afirmou que "apenas eleições antecipadas podem permitir uma saída da crise estrutural" e apelou "a todas as partes políticas que se entendam sobre a próxima etapa", afirmando estar "disposto a continuar a assumir (...) responsabilidades durante dois meses até que cheguem a acordo".

O chefe do Governo acrescentou que vai submeter na segunda-feira a sua proposta ao Conselho de Ministros.

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