Washington oferece recompensa para deter piratas informáticos
O secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, anunciou hoje uma recompensa de até 10 milhões de dólares (cerca de nove milhões de euros) por informações sobre estrangeiros que tentem interferir nas eleições presidenciais dos EUA.
Os Estados Unidos têm acusado os governos da Rússia e da China de promoverem grupos de piratas informáticos com planos de usar plataformas digitais para interferirem nas eleições presidenciais, marcadas para 03 de novembro.
"O Departamento de Estado está a oferecer uma recompensa de até 10 milhões de dólares por informações que levem à identificação e localização de qualquer pessoa que esteja sob a direção ou controlo de um governo estrangeiro que interfira nas eleições, ao envolver-se em atividades de crimes cibernéticos", disse Pompeo, durante uma conferência de imprensa.
O programa de recompensas financeiras para a detenção de pessoas procuradas pelo sistema de justiça dos EUA é administrado pelo Departamento de Estado e, desde a sua criação, em 1984, já foram pagos mais de 150 milhões de euros a cerca de 100 pessoas em todo o mundo.
Em 2019, uma investigação do procurador-especial Robert Mueller concluiu que o Governo russo interferiu nas eleições presidenciais de 2016, através de grupos de piratas informáticos que operavam desde a Ucrânia.
Em junho passado, um grupo de legisladores do Partido Democrata no Congresso disse estar "muito preocupado" com uma campanha de desinformação orquestrada a partir do estrangeiro.