Madeira

Sindicato dos Professores defende mais medidas de segurança para 2020/21

Salvaguarda dos professores que pertencem a grupos de risco, fornecimento de equipamentos de protecção individual e gestão dos horários de trabalhos são algumas das reivindicações. Jorge Carvalho garantiu contratação de mais funcionários para o próximo ano lectivo

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Implementar mais medidas de protecção e de segurança no combate à pandemia durante o próximo ano lectivo foi o motivo a reunião desta quarta-feira entre o Sindicato dos Professores da Madeira (SPM) e o secretário regional da Educação, Ciência e Tecnologia.

Aos  jornalistas, Francisco Oliveira explicou que o SPM concorda com os princípios gerais do documento da SRE, publicado a 21 de Julho, com orientações para o ano que começa em Setembro próximo, mas sublinha que está incompleto. Em falta, afirmou, está a salvaguarda dos professores do grupo de risco nesta pandemia, sobre os quais "não há qualquer referência no documento". Francisco Oliveira diz que é "preciso saber se estes professores também terão de ir para as escolas e em que condições". À saída da reunião com Jorge Carvalho, o sindicalista relevou ainda que é a tutela, "o empregador" que deve fornecer os equipamentos de protecção individual, até porque a generalidade de professores só precisa de usar máscara, mas os professores de Educação Especial "têm contacto directo com as crianças e com os alunos" e, por isso, também precisam de viseiras, batas, entre outros. 

Os horários de trabalho em função da reorganização das escolas é outra das reivindicações, sublinhando o SPM que "é preciso acautelar que os horários não fiquem desregulados". Já em relação às escolas do pré-escolar e do 1.º Ciclo, nas quais os alunos não precisam de usar máscaras, Francisco Oliveira pede "cuidados adicionais, quer em tempos de reorganização dos espaços, quer em termos dos equipamentos de protecção individual". 

Além disso, o SPM defende que as actividades extracurriculares não podem ser cortadas, como o desporto, a música, as artes visuais e outras: "Preocupados com o combate à covid, não podemos reduzir a escola a aulas, seria um retrocesso de várias dezenas de anos", defendeu. 

O SPM apela ainda à contratação de mais professores, uma vez que defende também a redução das turmas como forma de combater a pandemia, medida que implicará mais docentes; mas também a contratação de funcionários para acautelar medidas de segurança, entre as quais a higienização e supervisão dos espaços: "Ouvimos dizer aqui que em relação a funcionários serão contratados mais alguns, mas não saímos com essa garantia sobre a contratação de mais professores", revelou. 

Sobre a reacção do secretário de Educação para implementar estas medidas, Francisco Oliveira adiantou que Jorge Carvalho mostrou "abertura" para equacionar as reinvindicações. 

O SPM defendeu ainda o modelo de aulas presenciais, sempre que possível, uma vez que acredita que o trabalho dos professores é mais eficaz e o aproveitamento dos alunos, melhor. 

Calendário escolar para próximo ano lectivo na Madeira já foi aprovado

Actividades lectivas têm início entre 7 e 11 de Setembro para o ensino básico e entre 14 e 17 de Setembro para o secundário

Ricardo Duarte Freitas , 04 Agosto 2020 - 19:38

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